A aquisição do WhatsApp por parte do Facebook, anunciada em fevereiro deste ano, está fazendo com que as Autoridades da Comissão Europeia, o principal órgão antitruste do continente, analise, com atenção, o impacto que tal negociação pode causar na concorrência e nas demais empresas de tecnologia e internet.
De acordo com matéria publicada no dia 10/07, no Valor Econômico, as autoridades da União Europeia estão fazendo pesquisas com as principais empresas de tecnologia do continente para tentar compreender o impacto que a fusão do Facebook com o WhatsApp teve em seus mercados de atuação.
Essa é a primeira vez que a Comissão Europeia analisa uma transação que envolve somente redes sociais, o que pode definir, de acordo com fontes ligadas ao assunto, os parâmetros para as futuras negociações e casos relacionados à indústria de internet, inclusive sobre a utilização e o controle dos dados pessoais a que essas empresas têm acesso.
Ainda de acordo com a reportagem do Valor Econômico, não era esperado que a negociação do WhatsApp fosse revista pela União Europeia, uma vez que as receitas que o aplicativo de mensagens instantâneas possui na região não são suficientes para acionar a Lei de Fusões do bloco econômico.
O Facebook, porém, solicitou à Comissão que realizasse, no último mês de maio, uma revisão unificada, que cobrisse os 28 países do bloco. Os porta-vozes do Facebook e do WhatsApp não quiseram comentar o assunto.