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Natal apresenta crescimento nas vendas dos shopping´s brasileiros

Relatório da  Alshop mostra que o segmento de Shopping Centers teve alta de 6% nas vendas neste Natal 2017

Relatório da  Alshop mostra que o segmento de Shopping Centers teve alta de 6% nas vendas neste Natal 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Brinquedos e óculos e bijuterias tiveram o maior crescimento em vendas em 2017 em lojas de shoppings. As altas foram de 10% e 9,2%, respectivamente.

Taxas menores de expansão foram observadas em calçados e eletrônicos (5%) e perfumaria (4,4%). A entidade calcula que setor deverá movimentar R$ 51,2 bilhões no Natal deste ano. Já no acumulado de 2017, as vendas de comerciantes de shoppings subiram 5% em relação a ano anterior.

Na avaliação do comando da entidade, a melhora no mercado de trabalho, o saque do PIS/Pasep e a redução da taxa de juros deram algum fôlego para as vendas neste fim de ano.

Experiências substituem sorteios

A temporada natalina de alguns dos principais centros de compra apresentou mudança na estratégia promocional, sem sorteio dos tradicionais automóveis de luxo, a partir da troca de cupons fiscais, que, até o ano passado, aqueciam o movimento de fim de ano. A cenografia e experiências tornaram-se este ano uma aposta para incrementar as vendas.

"O efeito da situação econômica atual do país teve certo peso para a troca do sorteio dos carros pelas chamadas decorações interativas adotadas este ano pelos shoppings, mas, mais do que ter uma redução de custos, o fator decisivo para essa mudança foi mesmo a possibilidade de aumentar as vendas, incentivando o consumidor para um maior tempo de permanência no shopping, diante das novas opções de lazer e entretenimento, sobretudo para as crianças, além da tradicional foto com Papai Noel. Decoração com um carro estacionado no meio do shopping, não fazia sentido para elas", explica o coordenador da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Edson Piaggio.

Tudo pago

De acordo com a Abrasce, em relação aos custos, na maioria dos casos, as atrações interativas representaram este ano maior investimento por parte dos shoppings, em comparação às decorações antigas, mas, por outro lado, uma economia na comparação com o sorteio de carros considerados sonhos de consumo. E tem mais: é possível obter uma renda, já que se paga o ingresso para a maioria das atrações, com valores que variam de R$ 5, para entrar em parte da decoração, a R$ 60 (tempo máximo de uma hora na pista de patinação no gelo de um dos shoppings). Somente em alguns casos, o dinheiro arrecadado será doado para instituições filantrópicas.

Para a maioria dos consumidores, que não teve a sorte de ganhar um carrão no sorteio, troca-se a fila da esperança para entregar cupons pela fila de certeza da diversão, mas nem todos aprovaram a mudança: "A gente deixa de ter a possibilidade de ganhar um prêmio incrível e ainda paga pelas atrações para as crianças, que nunca ficam satisfeitas, nos levando, portanto, a gastar mais do que as compras que a gente veio fazer", conta o administrador de empresas Rosério Lima.

Já a engenheira Eliana Dias gostou: "Antes, eu pegava uma fila para trocar o cupom e nunca ganhava o carro; agora, a gente vem para o shopping para uma atração diferente, seja patinando no gelo, fingindo estar em um Natal chique de Paris ou mesmo na 'Noelândia', entre outros". Ela lamenta apenas que seja preciso pagar pelo ingresso.

"Sem nem mais a chance, ainda que remota, de mudar de vida com uma BMW, que pelo menos se promovesse o acesso aos espaços apenas com a troca de notas fiscais por ingressos, o que estimularia mais as compras e não apenas gastos extras para o cliente, ainda em crise", sugere Eliana. Para quem se acostumou a trocar notas, há alguns shoppings que aceitam a opção da entrega de cupons fiscais, a partir de um limite mínimo de compras, para ter direito a ingresso para a atração natalina ou mesmo para brindes: panetone, caneca, cooler ou kits de chocolates.