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Devemos usar arquétipos na comunicação?

Por Felipe Morais. Saiba a importância dos arquétipos na comunicação e como utiliza-los

Pessoa trabalhando
Créditos: Unsplash

Essa é uma pergunta que ouço com frequência e a resposta é sempre a mesma: claro! Nem é um sim, é claro mesmo! Arquétipo é algo que se vier de um chute não vai dar certo, mas se vier de uma metodologia com pesquisa e embasamento tem grandes chances.

Para achar o arquétipo existem diversas metodologias, mas aqui, vou, resumidamente passar a minha, a que eu uso para meus clientes. Existem 6 passos para chegar no que eu avalio ser o arquétipo ideal.

Os 2 primeiros passos são: pesquisa de imersão. Aqui na consultoria, usamos uma pergunta simples, “se a marca fosse uma pessoa, qual frase melhor resumiria essa marca” e colocamos 12 frases que representam os 12 arquétipos. Não usamos os nomes dos arquétipos, afinal, qual marca quer ser fora-da-lei, amante ou bobo da corte? Mas todas querem ser a Harley-Davidson, Chanel ou M&Ms, né? Pois é, são marcas que usam, com muita mestria, esses arquétipos.

Essa pesquisa a gente faz com o pessoal da empresa, do CEO ao estagiário, são várias perguntas, sendo essa uma das; na sequencia fazemos o mesmo com perfis alguns perfis de clientes da marca. Pronto, temos um caminho a seguir, mas aqui, normalmente sai de 2 a 3 arquétipos e como a gente pode resolver isso?

Nos próximos passo você vai entender, mas é preciso estudar e usar base teórica envolvendo livros, sites, blogs, vídeos e palestras – presenciais ou online – sobre o tema são importantes para dar o direcionamento ideal para o seu arquétipo. 

Quando você tem isso em mãos o próximo passo é entender como o mercado usa o arquétipo? Nesse sentido você tem dois caminhos a seguir o primeiro é ver como o mercado em geral usa não apenas o seu concorrente, e o segundo passo é avaliar como o seu concorrente usa o arquétipo. 

O seu concorrente vai usar sempre o mesmo arquétipo que o seu? Por exemplo na moda, cerca de 90% das marcas usam o mesmo arquétipo, o amante, pelo seu perfil de sedução, mas a forma como nós contamos a história é o que faz a diferença. A Louis Vuitton não conta a mesma história que a Chanel e ambas tem o mesmo arquétipo. 

Por fim avaliamos o mapa de empatia, onde conversamos com vários perfis da empresa, de todos os departamentos possíveis e os colocamos no papel dos seus consumidores e conseguimos achar em insights para o arquétipo ideal. 

Com arquétipo bem definido, o próximo passo é passar isso para os criativos da sua marca e cobrar para que eles usem.