Caio Rizzato

Eventos Corporativos x Eventos Abertos: contextos diferentes, desafios semelhantes

O colunista explica como se diferenciar em eventos corporativos, unindo a criatividade aos resultados comerciais

Homens de terno seguram tablets em evento corporativo
Imagem: Criada por Nex Digital, gerada por IA

Aqui na Nex Lab fica muito clara a diferença entre briefings direcionados a eventos corporativos e de negócios, e aqueles voltados para festivais e feiras abertas ao público. São dois universos distintos, com suas próprias regras, desafios e objetivos.

Eventos Abertos

Festivais ou grandes ativações abertas, geralmente são um prato cheio para experimentação. Portanto, não há muitas limitações criativas; pelo contrário, quanto mais inovadora, inesperada e envolvente for a ação, maior o impacto. Afinal, nesses ambientes, o público está ali para se divertir, viver algo novo e, principalmente, se conectar emocionalmente com experiências que surpreendem.

Eventos corporativos

Neste modelo de evento, a situação muda um pouco. Frequentemente as ações são muito mais simples e seguem um padrão conservador pelo fato de as empresas acreditarem que “o público da feira não tem perfil para interagir”, “estão lá para falar de negócio”; estas são frases comuns que geralmente escutamos quando estamos em processo de planejamento.

A abordagem nesses eventos realmente precisa ser mais pragmática. Porém, é possível unir criatividade, inovação e estratégia comercial no mesmo projeto. E para isso, é necessário um pouco mais de planejamento.

Como se destacar em eventos corporativos?

A grande questão é entender que tecnologia, mesmo com objetivos comerciais, não precisa ser algo previsível e monótono. É possível criar ações interativas e divertidas, porém com foco específico em produtos ou serviços, visando gerar resultados concretos de vendas ou relacionamento.

O ponto de início é entender as especificidades do produto ou serviço em questão e escolher a tecnologia que melhor explora essas características ou que torna mais fácil o entendimento.

Vamos pensar em um evento B2B, onde uma financeira que possui produtos diferenciados e personalizados para cada segmento ou tipo de cliente, precisa demonstrar o seu diferencial para os representantes que estão na feira. Diante disso, podemos propor uma dinâmica em que um perfil é apresentado e o participante deve montar um plano específico para esse cliente, com base nos módulos disponíveis, pontuando com base na velocidade e nos acertos. Nessa dinâmica, os participantes conseguem enxergar o valor na personalização proporcionada pelos produtos da empresa, sem a necessidade de ouvir um pitch ou assistir uma apresentação comercial.

Em outro cenário, podemos pensar em uma multinacional que vende máquinas para envasar e embalar todo tipo de produto líquido. Suponhamos que essa empresa possui um programa de manutenção preventiva e precisa mostrar para os seus clientes como é importante e rentável utilizar o serviço. Para essa ativação, podemos criar uma aplicação na qual o cliente insere dados em relação a estrutura da sua empresa e os resultados que obtém e o sistema automaticamente apresenta gráficos dinâmicos e valores economizados, demonstrando o ganho de performance utilizando o serviço e ainda compara os planos de manutenção disponíveis, apresentando o que melhor se encaixa no seu perfil.

Esses dois exemplos reais mostram claramente que é possível alcançar ótimos resultados utilizando abordagens menos tradicionais e mais criativas.

Ao tornar conteúdos técnicos mais leves, dinâmicos e acessíveis, conseguimos prender a atenção do público e gerar interesse genuíno nos produtos e serviços apresentados; gerando resultados positivos pós-evento que confirmam que fugir do padrão tradicional não apenas melhora o relacionamento e a experiência dos participantes, mas também fortalece a mensagem comercial, aumentando as chances de conversão e sucesso nas ativações.

O que de fato faz uma ativação ser inesquecível?

Em resumo, o que torna algo marcante é a experiência autêntica, estrategicamente bem pensada e verdadeiramente relevante, capaz de gerar uma conexão emocional que permanecerá na memória do seu público, independentemente do perfil.

Caio Rizzato
Caio Rizzato

Na coluna de Caio Rizzato, sócio e cofundador da Nex Digital, explore como a tecnologia revoluciona o mercado de eventos e live marketing. Com mais de uma década de experiência, Caio compartilha insights sobre soluções inovadoras que conectam marcas e públicos por meio de experiências imersivas e criativas.