Ti Bernardes

Experiência ao vivo: por que o live marketing engaja mais que o digital tradicional?

Neste artigo de Ti Bernardes, descubra como as experiências ao vivo cativam a atenção do público e criam memórias duradouras, o que é muito difícil para estratégias de marketing digital

Experiência ao vivo
Foto: Canva

Você já se pegou arrepiado ao ouvir o som de uma multidão cantando uma música em um show? Agora, imagine a mesma música tocando junto a um conteúdo qualquer na tela do seu celular. É um contraste gritante, não é? Enquanto o digital é funcional e estratégico, o evento presencial é uma explosão sensorial que mexe com o coração. No marketing, essa vivência se destaca, pois, quando o assunto é engajamento, nada supera o poder de estar imerso no momento.

O live marketing não apenas comunica; ele envolve, transporta, impacta. Ele faz o público sair do modo automático, do “scroll infinito”, para viver um momento onde cada detalhe é pensado para ser lembrado. Hoje, vou explicar por que o marketing ao vivo tem esse impacto tão poderoso.

Quando “estar lá” fala mais alto

Imagine entrar em um espaço onde todos os seus sentidos são ativados. As cores te envolvem, sons potentes marcam o ritmo da sua presença, o aroma cria uma atmosfera, e o toque te conecta ao que está à sua volta. Em uma experiência de live marketing, você não apenas assiste, você participa. A energia coletiva de estar fisicamente presente em um evento é impossível de replicar em uma tela.

No digital, por outro lado, a experiência é fria. Você pode até clicar em uma campanha interativa, mas em questão de segundos já está distraído com outra aba ou notificação. A conexão é superficial, com dificuldade em manter seu interesse. É como tentar sentir o gosto de uma refeição assistindo a um vídeo sobre ela. Não há comparação com estar lá de verdade.

A mágica da emoção: experiências que tocam a alma

Memórias são criadas por emoções. Pense em um evento ao vivo que marcou sua vida. Você provavelmente se lembra das sensações, das pessoas ao seu redor e até de detalhes visuais ou sonoros específicos. O live marketing usa essa fórmula mágica: ele cria uma narrativa imersiva que desperta sentimentos profundos. E quando a emoção é forte, a mensagem se fixa na memória.

No marketing digital tradicional, a batalha por atenção é feroz. São milhares de posts, vídeos e anúncios competindo pelo seu foco em segundos. Mesmo quando há criatividade, a falta de envolvimento sensorial pode limitar o impacto emocional. O digital tradicional é bom em fazer você “ver”; o live marketing é mestre em fazer você sentir.

Interatividade real

No digital, é comum que você seja um mero receptor. Mesmo com interações como comentários e curtidas, a distância é evidente. Já no live marketing, você deixa de ser espectador e se torna parte da experiência. Seja participando de uma ativação criativa, interagindo diretamente com embaixadores de marca ou vivendo uma jornada imersiva, a experiência é construída junto com você.

No digital, a interação é limitada e previsível. Por mais avançada que seja uma campanha, ela dificilmente gera aquela empolgação de poder tocar, experimentar ou compartilhar presencialmente. No live marketing, cada momento é único e imprevisível, uma característica que faz toda a diferença no engajamento emocional.

Memórias que perduram

Uma campanha ao vivo bem executada é como um bom filme: ela te acompanha, mesmo depois que as luzes se apagam. Você se pega lembrando dos detalhes, das sensações, das conversas que teve. Essa memória emocional gera um laço com a marca, algo que dificilmente acontece em campanhas digitais comuns, onde o impacto pode desaparecer assim que você rola a tela para o próximo post.

Lembro de uma campanha da MAK em que criamos um evento totalmente interativo, onde os participantes eram imersos em um universo lúdico. Sem exagero, meses depois ainda recebíamos mensagens de pessoas contando como aquele dia tinha sido especial para elas. Isso é o poder do marketing ao vivo: ele cria histórias que se perpetuam.

O melhor dos dois mundos

Não me entenda mal, eu não sou contra o marketing digital. Pelo contrário, acredito que ele tem seu papel estratégico. Mas a mágica está na integração dos formatos. Imagine um evento ao vivo que, ao mesmo tempo, é amplificado por transmissões online, realidade aumentada ou gamificação. Agora estamos falando de experiências híbridas, onde o impacto presencial é multiplicado pela força do digital.

Aqui na MAK, já exploramos esse conceito em várias campanhas. O evento físico emociona, enquanto o digital amplia o alcance e permite que o momento seja compartilhado com o mundo. Quando essas duas forças se unem, o resultado é explosivo.

Por que o live marketing continuará a liderar?

Em tempos de overdose de conteúdo digital, experiências ao vivo são o antídoto perfeito. Elas capturam o que todos nós, como seres humanos, buscamos: conexão genuína, momentos inesquecíveis e emoção. Não importa o quanto a tecnologia avance, a necessidade de viver experiências reais e sensoriais sempre fará parte de quem somos.

Marcas que entendem isso estão investindo cada vez mais em marketing de experiência. Porque, no fim das contas, a melhor forma de conquistar o coração das pessoas é proporcionar algo que elas possam sentir, não apenas ver.

Ti Bernardes
Ti Bernardes

Acompanhe a coluna de Ti Bernardes, Diretor Geral da Agência MAK e referência no mercado de live marketing no Brasil. Com uma trajetória marcada por visão estratégica e inovação, o colunista compartilha insights sobre experiências de marca, tendências do setor e a construção de conexões sólidas com grandes marcas.