Arte e Criatividade

O olhar de um fã sobre a experiência

Por Julia Padula.Como publicitários com bagagem no universo dos eventos carregamos alguns cacoetes que não nos deixam relaxar e curtir totalmente algumas experiências. Pensando nisso, convidei uma fã para viver a Stranger Things: The Experience no meu lugar, e o que aprendi foi emocionante

Créditos: Divulgação
Créditos: Divulgação

Recebi a mensagem de uma amiga perguntando se eu conseguiria um convite para ela visitar a nova casa de experiências da Netflix, e pronta para já responder que eu não poderia, como imprensa, hesitei na ideia de oferecer essa oportunidade a alguém que – diferente de mim – estava genuinamente interessada no ingresso. Falei com o time da Promoview, depois com a agência responsável pela casa e liberaram a entrada, sem saber, claro, que esse era um experimento maluco da minha cabeça. 

Por trabalhar com eventos, independente da área de atuação, você acaba prestando atenção em coisas que geralmente as pessoas não vêem. Essa cenografia tá bem feita? Por que esse promotor está sem uniforme? Faltou um unifila aqui… Até procurar por geradores em festas eu já procurei. Papo de doido ou de quem trabalha perto do time de produção. 

O fato é, meu briefing para essa amiga era: viva tudo, olhe tudo, experimente tudo. E depois me conta se você gostou e até se não gostou também. Nesse momento eu já soltei um sorriso, pronta pra receber algumas reclamações, afinal, todo evento ou ativação conta com seus próprios desafios e nem tudo sai como o esperado.

No meio tempo eu saí pesquisando sobre a casa, no Instagram, TikTok, YouTube e até no Pinterest. Soube de muitas coisas boas e outras nem tanto (na minha opinião). Acontece que no dia seguinte da ida dessa amiga eu recebi o feedback mais sincero de um fã: “eu amei tudo”, ela disse. Essas três palavras me quebraram tanto que até me emocionei.

Perguntei se ela não tinha achado as coisas que eu tinha visto ruins, e ela só disse: “é, isso tava lá, mas nem dei bola”. Ou seja, essas coisas que pra mim seriam inaceitáveis ou bem controversas no ambiente de uma agência, produtora ou terceirizada, eram, para o fã, incrivelmente sem importância. 

O experimento valeu tanto que eu aprendi a olhar as coisas como se fossem a primeira vez e vivê-las como se fossem as últimas. A valorizar cada profissional que está por trás de cada decisão, e que realiza uma entrega impecável dentro das suas possibilidades. 

Parabéns ao time da Blast Entertainment por criar o melhor Stranger Things Experience que poderíamos ter. Que venham as próximas experiências!

Até a próxima,

Julia