A indústria alimentícia tem passado por grandes transformações, impulsionadas por mudanças nos hábitos de consumo, avanços tecnológicos e uma busca crescente por opções mais saudáveis e sustentáveis. Existem muitas possibilidades de atuação e interpretação desses movimentos, por isso, é cada vez mais importante se aprofundar no entendimento do consumidor, suas diferentes facetas e preferências, mantendo-o como protagonista no processo de inovação.
E quais são as principais tendências? Bem, os produtos do agora já mostram os caminhos para o futuro da alimentação. As respostas não estão somente nas mãos de pesquisadores e empresas, mas principalmente na leitura das preferências alimentares das diferentes gerações. É o que apontam os muitos estudos e debates internacionais, como apresentado na NRA Show – maior feira do segmento foodservice que acontece em Chicago (EUA), por exemplo, que na edição deste ano apresentou, entre as muitas de suas palestras, alguns elementos que estão moldando a indústria desde agora e devem continuar impactando a indústria até 2030:
Desejo por conveniência
Há uma crescente demanda dos consumidores por conveniência na indústria de serviços de alimentação. Destacam-se a evolução, pautada no avanço da inteligência artificial dos drive-thrus, cada vez mais automatizados, os serviços de entregas, os aplicativos de pedidos móveis e quiosques de autoatendimento como soluções para atender a essas necessidades. Nos produtos que vão para as gôndolas dos supermercados, não pode ser diferente: a conveniência continua a ser um aspecto central da vida moderna e por isso o varejo tem buscado soluções para oferecer produtos prontos ou semiprontos, que eliminam etapas de preparo.
Nesse quesito, Sadia tem investido fortemente em sua linha de pratos prontos congelados, que vão do freezer direto para o micro-ondas, e incluem refeições rápidas, mas com um apelo de qualidade e sabor. Falando em embalagens, a praticidade está presente também nelas, com QR Codes integrados com código EAN, que levam aos canais da marca para que o consumidor tenha acesso fácil às informações de fabricação e origem do produto, bem como sugestões de receitas.
Também temos aproveitado as novas tecnologias para melhorar a experiência de compra dos consumidores, estando cada vez mais presente em plataformas de e-commerce e parcerias com aplicativos de delivery, facilitando o acesso dos produtos. Esse movimento foi impulsionado pela pandemia, mas deve continuar a crescer nos próximos anos.
Apetite por aventura
Em um cotidiano com internet presente em praticamente tudo o que fazemos, globalização e acesso mais democráticos à informação, as pessoas têm a oportunidade de expandir seu conhecimento sobre o que consomem e como consomem. As redes sociais conectam diferentes culturas e são inúmeras as possibilidades de pratos e sabores globais que nos impactam diariamente.
Esse movimento resulta em uma crescente demanda por experiências alimentares multisensorais e emocionantes, com 77% dos consumidores expressando interesse em experimentar novos sabores de alimentos e bebidas*. É um elemento com crescimento pronunciado entre os consumidores urbanos, que se mostraram mais abertos a experimentar sabores globais, pratos autênticos e propostas alimentares únicas.
Os Gen Z e os Millennials são mais abertos a experimentar novos sabores autênticos e globais, contudo, é preciso ressaltar que o “apetite por aventura” vem de todos os lados, inclusive de gerações mais velhas. Neste sentido, Sadia atua com produtos que aliam inovação ao apreço pelo gosto familiar, pelo “comfort food”.
Neste tópico, cabe destacar ainda uma tendência emergente, da alimentação guiada pela Geração Alfa, onde os bebês são introduzidos a alimentos sólidos desde cedo e permitidos a se alimentar sozinhos. Seu impacto potencial nas preferências e experiências alimentares sugere que eles podem ser mais abertos a experimentar uma variedade maior de sabores e texturas desde tenra idade. A indústria já está de olho nos pequenos!
Vontade por bem-estar e sustentabilidade
O futuro da comida está ligado a sustentabilidade. É um pilar que vem como vetor de mudança, impulsionado principalmente pelos ‘climaterianos’, que são a nova face do ativismo alimentar: aqueles que acreditam que o que comemos (ou não) é decisivo para mudar o mundo, apostam em reduzir o consumo e ampliar práticas de reciclagem.
Nesse sentido, a indústria aplica iniciativas como a redução do desperdício de alimentos, o uso de fontes de energia renovável e a exploração de fontes alternativas de proteína como espécies invasoras e carne cultivada em laboratório.
O consumidor está cada vez mais consciente em relação à sua alimentação e notamos uma tendência em direção à saúde e bem-estar holísticos, incluindo o uso de alimentos funcionais, nutrigenômica e dietas personalizadas com base em dados de saúde. Esse público está mais disposto a experimentar alternativas alimentares, como os alimentos plant-based, cada vez mais populares.
Entre as frentes ESG, destaca-se ainda a colaboração da marca com a organização eureciclo na linha de Hot Bowls que possui uma compensação ambiental de 100% das embalagens pós-consumo. O trabalho funciona com base da compensação, ou seja, para cada produto com selo eureciclo comercializado, outro equivalente do mesmo peso e material é enviado para a reciclagem. As embalagens dos Hot Bowls são recicladas por uma rede de centenas de organizações de catadores e centrais de triagem em diversos estados do Brasil, gerando impacto positivo na renda e na qualidade de vida de milhares de famílias.
Conclusão
O setor alimentício está vivenciando uma revolução impulsionada por mudanças no comportamento dos consumidores, pelo avanço das inovações tecnológicas e acesso a diferentes culturas. A crescente demanda por produtos mais saudáveis, convenientes e com sabores globais está moldando o futuro da alimentação, mas esse futuro já está aqui e estamos vivenciando-o dia a dia nas nossas rotinas alimentares. As ditas tendências já são uma realidade e nos dão um vislumbre do que está por vir.
A análise geracional revela que os mais jovens estão liderando esse movimento, forçando as empresas a se reinventarem para atender a essas novas expectativas, contudo o público mais velho acompanha as novidades e não deixa de pautar os hábitos de consumo atuais e desenvolvimento de novos produtos.
As inovações tecnológicas, especialmente na produção de alimentos sustentáveis e na personalização da experiência de consumo, desempenharão um papel ainda mais crucial na evolução da indústria nos próximos anos. À medida que essas tendências continuam a crescer, o mercado alimentício no Brasil se posiciona para um caminho mais saudável, ético e inovador.
*Fonte: Dataessencial