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E-book: Sustentabilidade em eventos: A mudança é inevitável

Na retomada dos eventos presenciais, o tema volta ao topo das preocupações


Após dois anos em que as questões relacionadas com a saúde e com a própria sobrevivência passaram para primeiro plano, é altura de (re)pensar em eventos que contribuam para um mundo melhor.

A pandemia parece ter mudado definitivamente alguns hábitos e, mesmo que de uma forma não intencional, pode também ter criado condições para que os eventos passem a ser mais sustentáveis.

Acesse o e-book aqui 

A normalização dos formatos híbridos, o repensar das viagens e o aumento da procura por espaços ao ar livre podem ter contribuído para que os eventos possam reduzir a sua pegada ecológica e deem o seu contributo para que as metas climáticas traçadas a nível global sejam mais rapidamente atingidas.

A urgência desta mudança é clara, até porque, se nada for feito, as consequências serão desastrosas. Já sofremos alguns efeitos dos erros do passado recente, mas estamos ainda a tempo de evitar o pior.

A-Event Point comunga destas preocupações e quisemos compartilhar algumas ideias para que a indústria possa dar o sus contribuição para um futuro mais sustentável.

Esperamos que este ebook seja uma forma de refletirmos sobre o impacto ambiental do nosso setor. Mas sobretudo de, em conjunto, agirmos.

A pegada ecológica dos eventos

 

Factos e números:

Um evento para 1000 pessoas, durante três dias produz:

5670 kg de resíduos

530 toneladas de CO

3480 kg de lixo

Cada participante num congresso produz, em média:

1,89 kg de resíduos por dia

1,16 kg não são reciclados

176,67 kg de emissões por dia

Fonte: Meetgreen

Como calcular o impacto?

Todos os eventos têm impacto no ambiente. Se em certos casos é mais óbvio, por exemplo quando os eventos envolvem viagens de avião ou geram elevados níveis de ruído ou de resíduos, noutros pode ser mais difícil calcular e medir esse impacto.

No entanto, basta pensar no encerramento de uma feira, congresso ou até de um festival. Quanto merchandising ficou para trás? Quantas garrafas de plástico foram usadas? Qual a quantidade de comida desperdiçada? Quanta energia foi consumida?

Estas questões tornam-se cada vez mais relevantes, até porque acabam por entroncar na responsabilidade social da própria empresa ou organização. Sem esquecer que os patrocinadores e os participantes atribuem cada vez mais importância às questões ambientais.

Há ainda a ter em conta, obviamente, o impacto económico que um evento pouco sustentável tem na própria organização. Poupar recursos é, também, uma forma de poupar dinheiro.

Como nem sempre é fácil medir e ter consciência do impacto ambiental de um evento, partilhamos alguns recursos que podem ser úteis. Depois, damos algumas ideias para que o verde seja a cor dos seus futuros eventos.

Alguns recursos para medir/calcular o impacto:

. Checklist e FAQS sobre o impacto ambiental do evento

. Carbon Trust’s Carbon Footprinting software

. Festival Fuel Tool

. Creative Green Tools (calculadora de carbono)
 

Uma análise: o impacto dos festivais

O estudo da Greener Festival, uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão tornar os eventos, festivais e venues mais sustentáveis e com menor impacto ambiental, é bem ilustrativo das consequências que os festivais têm no ambiente.

O documento A Greener Festival Juicy Stats, divulgado em 2020, apresenta dados relativos a 2019, último ano em que estas iniciativas decorreram sem qualquer tipo de restrições. Foram recolhidos em festivais de 16 países (incluindo Portugal) em quatro continentes (Europa, Ásia, América e Austrália).

De acordo com este estudo, uma ida a um festival pode implicar uma viagem de mais de 200 quilómetros, num veículo com uma taxa de ocupação de 2,83 pessoas, e mais de um quilo de lixo produzido diariamente por cada participante, nos casos em que há a possibilidade de acampar. Fatores como a produção de resíduos, viagens ou consumo de água fazem com que cada evento tenha uma pegada de carbono de 2299 toneladas, o equivalente a nove quilos /pessoa /dia.

Continuar lendo a matéria de Olga Teixeira, produtora de conteúdo na Event Point aqui