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O que é reconhecimento facial?

A melhor leitura do reconhecimento facial vai depender da habilidade do sistema usado de mapear esses elementos.

O reconhecimento facial é um tipo de biometria utilizada pelos smartphones para garantir a segurança dos seus dados, como o sensor de impressões digitais e o leitor de íris. 

O sistema pode utilizar diferentes modos de reconhecimento, que variam em eficácia, velocidade de leitura e, é claro, custos.

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Nas linhas a seguir, explicaremos quais são os diferentes tipos de reconhecimento facial disponíveis e alguns smartphones que contam com o recurso.

Como-funciona o reconhecimento facial

Em termos gerais, o reconhecimento facial é baseado na capacidade de identificação dos elementos e traços do rosto. Entre esses elementos, são analisados detalhes como distância entre os olhos, largura do nariz, profundidade das órbitas oculares, formato das maçãs do rosto e a linha do maxilar.

A melhor leitura do reconhecimento facial vai depender da habilidade do sistema usado de mapear esses elementos e com maior riqueza de detalhes.

Reconhecimento facial com mapeamento em 3D

É o método de reconhecimento facial usado pelos modelos mais recentes da Apple, como o iPhone X e a geração seguinte, o iPhone XS e XS Max, chamado de Face ID pela fabricante. Até agora, se mostrou ser o sistema mais seguro usado em smartphones.

Como o nome indica, o Face ID faz um mapeamento em 3D desses elementos do rosto, identificando até 30 mil pontos de referência. Pense em uma impressora 3D e naqueles modelinhos que parecem saídos de filmes de ficção científica. É mais ou menos o mesmo esquema.

Essa riqueza de detalhes permite que o reconhecimento facial do iPhone seja eficiente a ponto de identificar a mesmo pessoa com com mudanças como barba, óculos, cabelo solto ou preso e outras variações.

Além da eficácia, essa tecnologia também ganha pontos em segurança, já que usa muito mais pontos de referência do que um sensor de impressões digitais ou leitor de íris. E, quanto mais desses pontos, maior a dificuldade de burlar o acesso.

Normalmente, esses sistemas utilizam conjuntos de câmeras e sensores infravermelhos, que são responsáveis pela captura dos pontos de referência. Além dos iPhones mais novos, outro modelo que usa essa tecnologia é o Xiaomi Mi 8 Explorer Edition.

Mas é possível que mais fãs do Android tenham acesso a esse tipo de reconhecimento facial, já que, segundo alguns rumores, um recurso bem parecido deve aparecer no Android 10 Q, sucessor do Android 9 Pie que já está em desenvolvimento.

Reconhecimento facial pela câmera frontal

Uma tecnologia bem mais simples usada no reconhecimento facial é o mapeamento através da câmera frontal. Nesse caso, sai o 3D e entra o mapeamento 2D, como se fosse uma “digitalização” do rosto. Ou seja, uma foto.

Na hora de habilitar o reconhecimento facial, os celulares que usam esse tipo de modelo pedem fotos, ou melhor, selfies, em diferentes ângulos e dentro de uma distância específica da câmera do celular.

Essas imagens são usadas para estabelecer aquelas mesmas informações sobre o rosto para referência, ou seja, distância entre os olhos, largura do nariz e outros traços do rosto, mas sem tantos detalhes.

Como é esperado, esses sistemas não são tão seguros ou precisos quanto o mapeamento em 3D. E, muitas vezes, eles pedem condições favoráveis para funcionar direitinho, como iluminação ambiente por exemplo. Muitas vezes, o ideal é que ele seja usado com o suporte de outros tipos de autenticação, como o leitor de impressões digitais.

Em compensação, seu custo é muito mais baixo, e por isso esse tipo de reconhecimento facial é o mais popular em modelos intermediários, como o Moto G6 e o Asus Zenfone 5.

Reconhecimento facial + leitor de íris

Também é possível combinar dois ou mais sistemas de biometria, como é o caso dos smartphones Samsung mais avançados, como o Galaxy S9, S9 Plus e Galaxy Note 9.

A tecnologia usada por esses modelos combina o mapeamento do rosto realizado pela câmera frontal e um leitor de íris, que é aquela parte colorida dos olhos.

Esse tipo de reconhecimento facial também se mostra mais seguro do que o leitor de impressões digitais, já que a íris conta com mais de duzentos pontos de referência, contra cerca de setenta das impressões digitais. Porém, seu custo também é mais alto.

Vantagens do desbloqueio por reconhecimento facial

Normalmente, a dúvida principal sobre o reconhecimento facial é se esse tipo de sistema é mais seguro do que o leitor de impressões digitais ou de íris.

Como foi dito nos trechos anteriores, isso vai depender do tipo de tecnologia usada. O reconhecimento facial por mapeamento 3D é um dos sistemas de identificação mais seguros, já que reconhece milhares de pontos de referência.

A vantagem segue na comparação entre o reconhecimento facial pela câmera frontal combinado com o leitor de íris, que também pode mapear mais pontos do que o leitor de impressões digitais.

O ponto desfavorável dessas tecnologias é que, por enquanto, elas ainda têm custo mais alto. Por isso são mais encontradas em smartphones avançados.

Bem mais baratos, e disponíveis em modelos intermediários, os sistemas que fazem um mapeamento 2D por meio da câmera frontal não apresentam o mesmo nível de segurança. Em alguns casos, é possível desbloquear o aparelho até mesmo com uma fotografia, por exemplo. Por isso, o ideal é usar o reconhecimento facial e outro recurso de biometria, normalmente, o sensor de digitais.

Quando bem desenvolvido, o reconhecimento facial é mais rápido que o leitor de digitais. Outra vantagem é a praticidade, já que é possível realizar o desbloqueio mesmo com luvas, mãos molhadas ou com algum tipo de gordura, o que nem sempre é possível com as digitais.

 

Com informações: AndroidPIT, Cnet e XFinity.