A Liga das Escolas de Samba de São Paulo vai propor à prefeitura uma nova data em maio ou julho para a realização do Carnaval 2021.
O presidente da Liga, Sidnei Carriuolo, se reuniu na segunda-feira (20) com os representantes das escolas de samba do Grupo Especial e de Acesso para definir a data do adiamento devido a pandemia de Coronavírus.
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No entanto, caso a Prefeitura de São Paulo não aceite a proposta, o Carnaval do ano que vem pode ser cancelado.
“Ou cancelamos ou adiamos, mas uma coisa é certa: as autoridades estão cancelando e dependemos deles. Não vamos contra o clamor público, vivemos de aglomeração, como vamos resolver? Vamos propor uma nova data, ver se a prefeitura aceita ou faremos o cancelamento definitivo.”, afirmou.
De acordo com Sidnei, a decisão precisa ser tomada agora para as escolas se prepararem a tempo de garantir o desfile. Mas, mesmo assim, o público pode esperar um carnaval diferente de anos anteriores, caso ele aconteça.
“Carnaval nos mesmos moldes de costume é impossível, já pensamos em adaptações. O que toma muito tempo e suporte financeiro é o preparo de fantasia e alegoria.”, afirmou.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que o Carnaval de Rua leva menos tempo para ser organizado e que tem conversado com as escolas de samba sobre o adiamento dos desfiles.
“Nós continuamos a dialogar com as escolas de samba, que são também as organizadoras do evento, com outras cidades no Brasil, para tentar tomar uma decisão conjunta com relação à possibilidade de adiamento e qual seria a nova data da realização do Carnaval. Na nossa cidade, nós temos também o Carnaval de Rua, que requer uma organização em um prazo menor do que o Carnaval no sambódromo. Em torno de dois ou três meses a gente consegue organizar o Carnaval de Rua. Mas, para a realização do Carnaval no sambódromo, é necessário pelo menos seis meses entre a preparação dos carros alegóricos e os ensaios que as escolas fazem.”, disse o prefeito.
Foto: Nelson Almeida/AFP.