A falta de ambição do Palmeiras, após a derrota para o Tigres, contrastou com a vontade do Al Ahly, sobretudo no primeiro tempo.
Em jogo, também tinham R$ 13 milhões em premiação, e os paulistas chegaram a despertar na etapa final, com um toque a mais de organização e vontade. Mas parou por aí.
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Saiu do Mundial de Clubes sem conseguir marcar um gol sequer e foi o brasileiro com pior campanha da competição. Do outro lado, o ímpeto também baixou e os minutos finais mais lembravam um amistoso.
Para não ser o único campeão da Libertadores a ficar fora do pódio do Mundial, o Palmeiras contava com Weverton no gol. O goleiro já tinha salvado o time de um placar maior contra o Tigres.
Na disputa com os egípcios, ele defendeu apenas uma cobrança. Enquanto Roni, Luis Adriano e Felipe Mello desperdiçaram suas cobranças, e o resultado final foi 3×2 para o Al Ahly.
Além do baque da derrota na semifinal e a melancólica partida desta quinta-feira, o aspecto físico tem sido determinante para a equipe de Abel Ferreira.
O time vem de uma forte sequência de jogos e da desgastante viagem para o Qatar por conta do calendário imprensado devido à pandemia do Covid-19. Até o fim da temporada serão 79 jogos no total.
Em termos de temporada, o que houve no Mundial de Clubes não pode nem deve ser visto como um estrondoso fracasso. Esperava-se mais do time, claro. Porém, o “fim de ano” ainda pode ser melhor.
Daqui a duas semanas, o Palmeiras disputa a primeira final da Copa do Brasil contra o Grêmio. O encerramento do que sobrou de 2020, no início de março, traz a possibilidade do terceiro troféu para se juntar ao do Paulista e da Libertadores.
Até chegar lá, no entanto, segue a maratona. Por causa do Mundial, o clube teve seus jogos remanejados. Enquanto o Brasileirão está a três rodadas do fim, o Palmeiras terá cinco partidas em 10 dias, a partir do dia 14.
Com a vaga garantida na fase de grupos da Libertadores, Abel Ferreira pode usar o período para recuperar o fôlego e o ânimo dos jogadores para as finais da Copa do Brasil, dias 28 e 7 de março.
Os adversários, que lutam contra o rebaixamento ou brigam por título e Libertadores, podem ser favorecidos caso o treinador opte por times mistos. Casos de Fortaleza e São Paulo, por exemplo.