Em 20 de maio comemora-se o Dia Internacional do Celíaco. Estima-se que cerca de 1% da população brasileira apresente a intolerância ao glúten, proteína presente no trigo, na cevada, na aveia e no centeio.
Entre os mais atingidos estão as mulheres e o diagnóstico da doença em crianças e adultos vem crescendo nos últimos anos. É o que revela Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista integrante do corpo clínico do Laboratório Frischmann Aisengart.
Scharf explica que, ao ingerir um alimento com glúten, o celíaco desenvolve uma reação imunológica no intestino delgado que causa a destruição das vilosidades da mucosa, dobras presentes no órgão responsáveis pela absorção de nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
Os-sintomas da doença celíaca são diarreia crônica acompanhada de distensão abdominal, perda de peso, alteração do humor e anemia. Os sintomas podem aparecer de forma branda ou agressiva e, por se tratarem de reações comuns a outras doenças, a enfermidade nem sempre é facilmente diagnosticada.
“Em crianças, muitas vezes o único sintoma perceptível é a falta do crescimento”, diz o médico. Segundo Scharf, a retirada dessa proteína da dieta pode melhorar o quadro e/ou contribuir para o desaparecimento dos sintomas.
“O consumo de alimentos que contenham glúten por paciente que ainda não foi diagnosticado com a doença celíaca pode desencadear um processo inflamatório. Por isso, os sintomas não podem ser desprezados. Nesse caso, é necessário que o paciente não se exponha à proteína”, argumenta o especialista.