A Apple voltou a ser a marca mais valiosa do mundo, segundo relatório anual da Brand Finance. A empresa alcançou um valor de marca de US$ 263,4 bilhões (R$ 1,41 trilhão) e ultrapassou os concorrentes Amazon e Google e o banco chinês ICBC, o maior do mundo.
É a 1ª vez em 5 anos que a marca lidera do ranking da Brand Finance Global 500. Segundo a consultoria, o salto de 87% no valor da companhia se deve à estratégia de diversificação adotada pelo CEO, Tim Cook.
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“A Apple mostra habilidade de se reinventar continuamente e consegue se diferenciar de outras fabricantes de equipamentos, o que contribuiu para a marca ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, em agosto de 2020.”, diz o relatório.
Apesar-de cair para o 2º lugar, a Amazon também cresceu. A empresa do bilionário Jeff Bezos cresceu 15% no valor de marca em relação ao ano passado. Está em US$ 254,2 bilhões, muito por conta do boom nas entregas em meio à pandemia.
Fecham o top 4 o Google e a Microsoft, reforçando o poder das big techs norte-americanas. O Facebook manteve-se em 7º lugar. Eis a lista com os 10 primeiros (8 são do setor de tecnologia):
O-domínio dos Estados Unidos também chama a atenção. A rede de varejo Walmart (6º) e a companhia de telecomunicações Verizon (9º) também compõem o top 10. As exceções à terra do Tio Sam são 3 empresas asiáticas:
- Samsung (Coreia do Sul) – Fabricante de equipamentos e componentes eletrônicos. É concorrente direta da Apple no setor de smartphones, mas fornece chips de processadores à empresa de Tim Cook;
- ICBC (China) – Banco Industrial e Comercial da China. Em total de ativos, é o maior banco do mundo;
- WeChat (China) – espécie de variante chinesa do WhatsApp, com controle estatal. Tem mais de 1 bilhão de usuários no país. Teve o maior salto do top 10 ante 2020 –subiu 19 posições.
Demais quesitos
A Tesla é a empresa que mais cresceu em 2021. O valor de marca da montadora norte-americana de veículos elétricos saltou 158% e agora tem um valor de marca de US$ 32 bilhões.
A empresa de Elon Musk ficou à frente da Alibaba, gigante chinesa do e-commerce. Cresceu 108% para US$ 39,2 bilhões.
As plataformas de streaming tiveram um improvável declínio. Apesar da Netflix seguir em escalada (+9%), novas concorrentes como Disney (-9%) e HBO (-3%) decepcionaram. No universo musical, o sueco Spotify entrou no top 500 pela 1ª vez, com alta de 39%.
Entre grandes emissoras que estão se aventurando no setor, o cenário também é ruim. A NBC caiu 44%, a Universal encolheu 21% e a CBS despencou 49% –teve a maior queda no ranking geral.
Muito pior que o streaming ficou a aviação, um dos setores mais prejudicados pela pandemia. Entre as fabricantes, a norte-americana Boeing caiu 40% e a francesa Airbus, 36%.
As companhias da maior economia do mundo também sofreram: American Airlines (-39%), Uniter (-38%) e Delta (-38%).
“Poucos setores foram tão profundamente afetados pela pandemia quanto a indústria de aviação. Essas marcas não são estranhas a remendos difíceis, desde os ataques terroristas de 2001 à crise financeira de 2008, até mais recentemente o destaque crescente em sua contribuição para a crise climática. O caminho para a recuperação e as esperanças estão vinculados ao lançamento rápido e bem-sucedido das vacinas para abrir as fronteiras e relançar a economia global mais uma vez.”, pontua o relatório.
WhatsApp chinês
O WeChat foi o destaque do relatório deste ano. Além de entra no top 10, rede social chinesa se tornou a marca mais forte do mundo, recorte que destaca “A força relativa das marcas por meio de um scorecard balanceado de métricas que avalia o investimento em marketing, o patrimônio das partes interessadas e o desempenho dos negócios.”
A empresa, que estava em 4º lugar no ano passado, roubou a liderança da montadora de luxo italiana Ferrari. Recebeu uma pontuação de 95,4 entre 100 possíveis. Teve avaliação de força da marca de AAA+, atribuída a apenas 11 companhias no mundo.
É uma lista mais eclética, com 7 países diferentes nas 10 primeiras posições. Os EUA ocupam 4 postos. Eis o ranking: