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Bayer e Magazine Luiza criam programa de trainee para pessoas negras

Na sexta-feira, 18 de setembro, as empresas abriram as inscrições com o objetivo de trazer mais diversidade racial para o mercado de trabalho.

O Magazine Luiza anunciou na sexta-feira (18), a abertura de inscrições para seu programa de trainee 2021, que aceitará apenas candidatos negros.

“O objetivo do Magalu com o programa é trazer mais diversidade racial para os cargos de liderança da companhia, recrutando universitários e recém-formados de todo Brasil, no início da vida profissional.”, informou a empresa, em comunicado.

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Conforme a companhia, serão aceitos candidatos formados de dezembro de 2017 a dezembro de 2020, em qualquer curso superior. Conhecimento de inglês e experiência profissional anterior não são pré-requisitos para a seleção.

O salário é de R$ 6,6 mil, com benefícios e bônus de contratação de um salário.

Candidatos de todo o país podem participar, desde que tenham disponibilidade para se mudar para São Paulo. Caso o selecionado seja de fora da cidade, receberá um auxílio-mudança.

“O Magazine Luiza acredita que uma empresa diversa é uma empresa melhor e mais competitiva.”, diz Patrícia Pugas, diretora-executiva de gestão de pessoas, em comunicado. “Queremos desenvolver talentos negros, atuar contra o racismo estrutural e ajudar a combater desigualdade brasileira.”

Atualmente, o Magazine Luiza tem em seu quadro de funcionários 53% de pretos e pardos. Mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança.

O programa de trainees foi desenvolvido em parceria com as consultorias Indique Uma Preta e Goldenberg, Instituto Identidades do Brasil, Faculdade Zumbi dos Palmares e Comitê de Igualdade Racial do Mulheres do Brasil.

Bayer

No mesmo dia em que o Magazine Luiza anunciava a abertura do seu programa, a Bayer promoveu iniciativa igual.

São 19 vagas voltadas para a valorização étnico racial e no desenvolvimento de carreira para posições de liderança, com salário de R$ 6,9 mil.

“Estamos falando do maior programa que já lançamos e que é resultado de um processo dentro da empresa que vem caminhando há um tempo, com uma série de medidas para reforçar o compromisso da empresa com diversidade e inclusão.”, fala Maurício Rodrigues, vice-presidente de Finanças da Bayer Crop Science.

Mauricio Rodrigues (Foto: Divulgação).

O executivo é o patrocinador do grupo BayAfro, a vertente do grupo de diversidade que trabalha a temática racial. Segundo ele, a companhia colocou um direcionamento muito claro de que precisa ser inclusiva para inovar. Um dos trabalhos feito internamente foi o de educar os colaboradores para trabalhar vieses inconscientes.

“Não adianta só trazer a pessoa para dentro da empresa, você precisa trabalhar para assegurar que o ambiente é inclusivo. E outro lado é o desenvolvimento das pessoas que contratarmos para termos equidade.”, explica o VP.

Para reforçar esse compromisso, a Bayer implementou paralelamente um novo programa de mentoria da BayAfro para os colaboradores que já trabalham lá. Serão 16 estagiários e analistas juniores que passarão três meses sendo orientados por outros profissionais mais experientes de diversas áreas.

 

 

Foto: Reprodução/Estadão.