Mercado

Entidades lançam manifesto e pedem ações reparatórias

Documento conjunto será enviado as autoridades pelo ForEventos

Preocupados com a grave situação, e em particular as empresas do trade de eventos em geral, as entidades ligadas ao setor de pavilhões, promotores, agências, empresas de cenografia, locação de bens enviaram comunicado ao presidente do Congresso Nacional pedindo que seja  editada e votada legislação que preveja a “isenção” ou “redução” de tributos, até que o mercado se normalize:

O manifesto foi assinado conjuntamente pelos presidentes das entidades que compõem o FOR EVENTOS, Fórum das entidades do Setor de Eventos.

Elza Tsumori- Presidente ForEventos

Em nota ao Promoview a presidente do ForEventos, Elza Tsumori, comenta sobre a situação e o movimento das entidades:

“Neste momento de caos e desespero do nosso trade, o papel das entidades da indústria de eventos é não medir esforços para amenizar a dor dos seus associados. Usar o canal aberto pela somatória de seus membros junto ao Poder Público para levar as demandas do mercado é o nosso dever. Não vamos medir esforços para buscar ajuda. Somos importante setor de fomento de desenvolvimento. Fomentamos o Turismo, a Indústria, o Comércio e poucos se lembram que somos um veículo relevante de comunicação da informação, pesquisa científica, inovação, arte, cultura e educação. Enquanto isso, o mercado não pode ser ofuscado pelo medo. Precisamos ter na mente que somos um repositório de talentos e inteligência de mercado. Temos criatividade, temos networking, temos tecnologia e temos a mídia ao nosso lado. Vamos ser criativos e pensar em formatos viáveis de execução. E, não esquecer nunca que agora é o momento de união e atitude das agências, fornecedores, clientes e órgãos governamentais”.

MANIFESTO FOREVENTOS – COVID-19

Nós entendemos que a superação dos desafios que o Brasil vive e principalmente a Indústria e Eventos, passa por um canal de diálogo permanente público-privado, onde a sociedade possa sugerir, acompanhar e propor politicas publicas para minimizar a grave situação pela  qual o Brasil começa a passar e poderá ter enorme prejuízo se não nos unirmos para encontrar soluções de curtíssimo prazo.  

Preocupados em particular as representantes das empresas ligadas à Indústria de Eventos (MICE²) como congressos, convenções, viagens de incentivo e relacionamento, festividades, eventos esportivos, culturais, musicais, sociais e setor de feiras (pavilhões,promotores, agências, empresas de cenografia, locação de bens, buffets, organizadores de eventos, entre outros), emitem o seguinte comunicado:

É fato a crise mundial instalada por conta da propagação (e agora pandemia) do COVID-19 (Coronavírus).  Os meios de comunicação noticiam, a cada minuto, os nefastos efeitos da atual situação. Escolas estão suspendendo aulas, países estão fechando fronteiras, o sistema de saúde está colapsado. Todos nós apoiamos prontamente as determinações e orientações oficiais.

Neste cenário, a indústria de eventos , certamente, é um dos que mais está sentindo os efeitos do atual cenário. Os eventos atraem um grande número de pessoas e, por conta disso, quase todos estão sendo cancelados ou adiados “sine die”.

O setor é hoje peça importante da economia nacional, responsável por cerca de 25 milhões de empregos (diretos e indiretos), e por um faturamento anual de cerca de 936 bilhões/ano (que corresponde a 12,93% do PIB nacional).

As notícias não param de chegar. O “Brasil dos eventos” parou, até que se tenha alguma notícia da cura ou de formas de se evitar novas contaminações.

Diversos Governos Estaduais e Municipais já sugeriram ou determinaram a suspensão de  todos os eventos.

Nós, empresas do setor, aqui representadas, estamos fazendo de tudo para manter nossa riqueza mais preciosa que são os nossos colaboradores.

As empresas de eventos são hoje as grandes geradoras de empregos no país, contribuindo para a redução da já alta taxa de desemprego que é a grande estimuladora das grandes crises mundiais.

Muitos países estão enxergando esse gargalo, e tomando medidas para facilitar a manutenção  dos empregos. A eliminação ou redução de impostos e tributos em geral é, certamente, uma das mais eficazes medidas governamentais.

Neste sentido, para minimizar a crise, fundamental a participação do Poder Público, e, para  isso, enxergamos que a imediata redução da carga tributária, através de lei, é medida imprescindível.

Para isso, vamos nos movimentar junto ao Governo que seja imediatamente editada e votada legislação que preveja a “isenção” ou “redução” dos seguintes tributos, extensivo às empresas inscritas no Simples Nacional e em regime de tributação diferenciada até que o mercado se normalize:

– As contribuições previdenciárias (em geral) incidentes sobre a folha de salários e as remunerações em geral;

– imposto sobre a Renda;

– PIS;

– COFINS;

– Contribuição Social sobre o lucro;

Apenas com a completa desoneração fiscal, durante este grave período, poderemos manter os empregos de nossos funcionários, evitando assim mal maior, quiçá irremediável, e a miséria completa do setor.

E, mais:

– Abertura imediata de linhas de crédito nos bancos oficiais, tomando-se por base as taxas equivalentes ao custo do dinheiro, ausente qualquer spread bancário;

– Edição de regras claras quanto ao trabalho em domicílio ou teletrabalho, a fim de permitir a adoção desta modalidade de trabalho, de modo a mitigar o custo sobre o contrato de emprego e os riscos de passivo trabalhista, enquanto perdurarem os efeitos da crise;

– Regime excepcional simplificado de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho por falta de recursos financeiros) para empresas que apresentem uma queda de 40% da receita consistente na autorização de que os empregados abrangidos recebam 2/3 dos salários, por até seis meses.

Diversos países europeus já estão caminhando nessa direção, como Alemanha e Portugal, no sentido de preservar as atividades e os empregos do setor.

Apenas com a participação EFETIVA do Poder Público, o setor poderá evitar a demissão em massa e a paralisação total das atividades das empresas.

Por fim, afirmamos que o Fórum das Entidades do Setor de Eventos é uma instância de discussão e articulação estratégica de caráter permanente que tem por finalidade o reconhecimento e o fortalecimento econômico, social e político da indústria de Eventos junto aos mercados, à sociedade civil e às esferas governamentais.

Agora, mais do que nunca é necessário união de todas as associações para, juntos, sociedade civil organizada e Governo, darmos nossa contribuição para enfrentar essa crise.

Seguem nominadas abaixo, as entidades que compõe o ForEVENTOS.

Atenciosamente,
 

FÓRUM DAS ENTIDADES DO SETOR DE EVENTOS 

ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Evento

ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura

ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis

ABR – Associação Brasileira de Resorts

ABRACE – Associação Brasileira de Cenografia e Estandes

ABRACORP – Associação Brasileira de Viagens Corporativas

ABRAFESTA – Associação Brasileira de Eventos

ABET – Academia Brasileira de Eventos e Turismo

ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas

AMPRO – Associação de Marketing Promocional

BITO – Associação Brasileira de Turismo Receptivo Internacional

EVENTPOOL – Associação das Agências de Turismo Operadoras de Eventos

FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação

FOHB – Forum de Operadores Hoteleiros do Brasil

IFEA – International Festivals & Events Association

SKAL – Skäl Internacional do Brasil – Capítulo Brasil

SPC&VB – São Paulo Convention & Visitors Bureau (convidada)

UNEDESTINOS – União Nacional dos CVBs e Entidades de Destinos