O Grupo Live Marketing RS divulgou, na terça-feira (13), uma carta aberta com críticas à prefeitura de Porto Alegre.
De acordo com a entidade, o Executivo municipal ainda não deu permissão para a realização de eventos na Capital, mesmo passados 20 dias da solicitação.
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“Depois de sete meses e muita discussão e negociação, além da elaboração dos protocolos e quatro eventos-teste realizados, sendo dois em Porto Alegre, o Grupo Live Marketing RS, inacreditavelmente, permanece sem receber qualquer manifestação da Prefeitura de Porto Alegre, considerando que, no dia 22 de setembro, o Executivo estadual liberou os eventos empresariais e de negócios, limitados e restritivos, mas permitiu. Semanas depois, os shows e eventos culturais também. E até o momento não há autorização, da gestão municipal, para executá-los.”, escreveu.
Na carta aberta, um dos coordenadores da entidade afirma que o setor está “Disputando com a clandestinidade que corre solta, em eventos, que estão em nossa cara.” Em paralelo, outros segmentos retomam aos poucos suas atividades.
“Com esta ausência, o município impede a realização de eventos legais, e, paralelamente, tem aqueles que fazem eventos sem o mínimo de preparo para tal.”, afirma a carta aberta.
No texto, a entidade também lembra que tem recebido extensivo apoio do Poder Legislativo. Entretanto, o gargalo fica do governo municipal, do qual estão dependentes.
“Hoje, o Grupo Live Marketing RS só deseja uma única coisa para o setor: Trabalho, apenas isso.”, finaliza a carta.
O grupo foi criado há três anos por iniciativa de empresários do segmento de eventos, com o objetivo de fortalecer e organizar o setor.
Desde março, a equipe procura alternativas para auxiliar os profissionais do ramo a enfrentar a crise gerada pela pandemia. Ele foi o organizador, inclusive, do evento-teste do cantor Serginho Moah, realizado em 13 de setembro.
Confira, abaixo, o documento na íntegra:
CARTA ABERTA
QUANDO O TEMPO PASSA A NOS MATAR
O Executivo Municipal após 20 dias não diz nada. E o setor sofre dia após dia para se manter em pé e querer trabalhar com dignidade, a partir dos protocolos por ele também criado. Isso é uma vergonha e falta de respeito absoluta. Até quando?
Parece mentira. Mas, não é. Depois de sete meses e muita discussão e negociação, além da elaboração dos protocolos e quatro eventos-teste realizados, sendo dois em Porto Alegre, o Grupo Live Marketing RS, inacreditavelmente, permanece sem receber qualquer manifestação da prefeitura de Porto Alegre, considerando que, no dia 22 de setembro, o Executivo Estadual liberou os eventos empresariais e de negócios, limitados e restritivos, mas permitiu. Semanas depois, os shows e eventos culturais também. E até o momento não há autorização, da gestão municipal, para executá-los. E qual o sentimento deste descaso?
“De falência e de morte. Ser correto e desejar trabalhar com respeito a tudo que criamos e enfrentamos, neste período de dor, é o maior obstáculo que hoje nos impede de retomar”, desaba um dos integrantes do movimento. “Estamos cansados com tamanho desrespeito. E revoltados”, lamenta.
Enquanto isso restaurantes, aeroportos, shoppings, entre outros segmentos, seguem trilhando a sua justa caminhada.
“E nós? Disputando com a clandestinidade que corre solta, em eventos, que estão em nossa cara”, acusa ainda um dos coordenadores.
Na contrapartida, o legislativo, na figura da presidência da Assembleia, segue apoiando persistentemente o movimento, e não deixa de agir neste processo penoso. E sempre que pode dá a própria voz, em nome do setor, alegando que agora precisamos, de fato, retomar. Mas neste momento, no entanto, estamos de mãos amarradas , dependendo do governo municipal.
Com esta ausência, o município impede a realização de eventos legais e, paralelamente, tem àqueles que fazem eventos, sem o mínimo de preparo para tal. E os empresários que estão lutando desde o início do ano, como ficam? E seus funcionários e demais trabalhadores que atuam? Não enxergam uma luz neste percurso. Afinal, devem pensar alguns representantes do executivo, quem ficou estes meses todos parado, pode continuar assim por mais 20, 30 dias, como se o setor fosse algo menor na economia do Estado. Isso é uma desonra!
“Vivemos meses de humilhação, tentando resgatar a nossa dignidade e esperando. Apenas esperando o tempo, que não traz respostas e nem comprometimento por parte daqueles que deveriam garantir a nossa vontade de trabalhar e permanecer vivos, em nossa condição de realizadores do setor”, acusa.
Hoje, o Grupo Live Marketing RS só deseja uma única coisa para o setor: Trabalho, apenas isso.
“É o mínimo que merecemos, voltar a trabalhar. Que os representantes do Executivo não permitam que nos aniquilem mais”.
GRUPO LIVE MARKETING RS