Live Marketing

Grupo Live Marketing RS se mobiliza para voltar a trabalhar

Objetivo é desenvolver estratégias de retorno mesmo com restrições impostas pelo cenário da pandemia.


Segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o cancelamento de eventos em todo o Brasil pode deixar mais de 3 milhões de pessoas sem trabalho. 

A perda média por empresa já chega a R$ 1,16 milhão. Os números são apontados na segunda pesquisa elaborada pela entidade, que representa produtoras e promotoras no país.

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Antes da pandemia, o segmento gerava, em média,  mais de 1,8 milhão de empregos diretos e terceirizados. Há ainda a projeção de que havia 5 milhões de indiretos e freelancers sem registro em carteira atuando no setor. Destes, 670 mil já estão vulneráveis. 

No Rio Grande do Sul, os impactos são severamente sentidos pelos trabalhadores do setor. Como forma de minimizar as perdas e organizar o setor para a retomada, o Grupo Live Marketing RS, criado há três anos, voltou os esforços para traçar em conjunto caminhos e estratégias de enfrentamento da situação. 

A proposta é estabelecer um protocolo único e que oriente todo o setor no Estado. Para isso, um documento foi elaborado detalhando as regras de distanciamento e prevenção ao Covid-19, sempre de acordo com o número de pessoas envolvidas e em consonância com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades para as bandeiras amarela e laranja, estabelecidas no Rio Grande do Sul.

A proposta é que sejam empregadas regras similares às usadas para a abertura de restaurantes, com teto de ocupação de 50% da capacidade do local. 

A cadeia, muito ligada também ao turismo de negócios, de lazer e de cultura, foi uma das mais impactadas, tendo em vista que não foram liberadas para trabalhar presencialmente em nenhuma situação.

Evento piloto

A exemplo do que já vem acontecendo em outros países e em São Paulo, o grupo prepara a produção de um evento-piloto. O projeto envolve a realização de uma atividade de simulação de diferentes perfis de eventos com a finalidade de aplicar na prática os protocolos sanitários de prevenção ao Covid-19 aprovados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, assim como capacitar os trabalhadores para que atuem sob a regência dos novos parâmetros. 

Os participantes serão restritos aos profissionais das principais empresas que compõem a cadeia produtiva de eventos. 

O evento-piloto quer testar toda a cadeia trabalhando: transporte com carregamento de equipamentos, segurança, limpeza, shows, modelo de montagem de feiras e exposições, entre tantos outros fatores que compõem a logística de produção.

Conventions se incorporam ao Grupo

O movimento ganhou ainda mais força com a adesão dos Conventions & Visitors Bureau de Porto Alegre, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Gramado, além do Grupo G30 de Gramado, composto por empresários das áreas gastronômica, de hotelaria e turismo da cidade. 

Ao todo, mais de 700 empresas integram o Grupo Live Marketing RS que representam diversos segmentos do setor de eventos como social, artístico, turístico, empresarial, científico, de lazer e esportivos, e reúne profissionais de diversas áreas como produtores, jornalistas, relações públicas, publicitários, gráficos, designers, locutores, carregadores, mestres de cerimônia, recepcionistas, fotógrafos, cinegrafistas, artistas, palestrantes, técnicos de som e luz, seguranças, advogados, médicos, enfermeiras, técnicas de enfermagem, chefs, auxiliares de cozinha, garçons, bombeiros, arquitetos, decoradores, floristas, motoristas, entre outros.

“Essa união cria uma força muito grande em termos de representatividade. Queremos promover uma retomada segura, pé no chão, essa é uma responsabilidade de todo mundo.”, avalia a presidente executiva do Conventions & Visitors Bureau de Porto Alegre Adriane Hilbig.

O setor, que pelos dados de 2013 já movimentava 4,3% do PIB nacional e contabiliza 60 mil empresas em toda a cadeia de serviços, foi um dos que mais sofreu perdas.  Há um elenco significativo de pessoas sem trabalho.

Um dos objetivos do movimento é interagir com todos que tenham envolvimento com o segmento no sentido de criar uma rede de apoio mútuo e um plano de retomada seguro, que preserve a saúde física, emocional e financeira das famílias.