No mercado de incentivos, o momento é de reflexão sobre o futuro. A hora é de apostar em novas tecnologias e ferramentas, modelos de trabalho híbridos e no redesenho das equipes em busca de maior assertividade e eficiência nas campanhas criadas.
A cultura data-driven que compreende decisões baseada em dados, geralmente a partir de bancos de informações robustos e algoritmos customizados, já começa a se tornar realidade em algumas agências, que estão se reposicionando para dar foco maior em tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial.
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O impacto da cultura data-driven já vem sendo sentido na formação dos times do setor de marketing de incentivo. Sai o modelo tradicional de agências, com times de atendimento e criação, e entram profissionais de outras áreas, além do mercado de Comunicação e Publicidade.
A Digi, por exemplo, está trazendo para o time um cientista de dados formado em Matemática Aplicada e Estatística e PMs (Product Manager) formados em Engenharia e Administração de Empresas, que oferecem uma visão de negócio diferente.
“A agência passa a ter um time com uma visão multidisciplinar. Muda a forma com que a equipe é concebida, como nós estruturamos nossos times e como criamos as rotinas e rituais dos nossos projetos.”
“Além da mudança no formato e condução da equipe, nosso modelo de trabalho e operação traz ainda mais forte a metodologia Agile para dentro da nossa rotina”, analisa Marina Morato, diretora de Business Strategy da agência Digi, uma das mais relevantes agências de incentivo.
A diretora explica que a mudança já começa a ser sentido pelos clientes. “Iniciamos o desenvolvimento de campanhas com esta visão multidisciplinar para clientes da casa, como Cargill, Arcor e Stellantis (antiga FCA), que já conseguiu aumento expressivo na participação e no engajamento das campanhas de Fiat-Jeep.”
“Tudo em função da avaliação de resultados e da construção de plano de ação a partir dos insights que estes dados trazem para nós.”
Criatividade mais assertiva
O processo criativo também se beneficia do uso de dados e da nova cultura data-driven. Relevância é a palavra-chave quando criativos trabalham no desenvolvimento de campanhas guiados por dados.
Criar ações personalizadas e com estímulos certos, sabendo exatamente o que motiva e o que é preciso para atingir os resultados esperados, é a “mágica” por trás do machine learning.
De acordo com Marcelo Favery, diretor de Criação da Digi, em um mercado cada vez mais dinâmico é preciso tomar decisões rápidas e que tragam resultados diretos para os objetivos dos projetos. Porém, reforça, o grande desafio é interpretar os números.
“Qual comportamento está por trás daqueles resultados ou pode surgir diante daqueles dados? É a partir desses insights que o processo criativo pode se inspirar para criar campanhas, produtos e serviços que são relevantes, geram resultados e, ao mesmo tempo, entregam experiências únicas. É exatamente isso que estamos fazendo para todos os clientes da Digi. Estamos começando com as análises preditivas, descobrindo padrões e tendências que ajudam as nossas campanhas a superarem os objetivos.”, analisa Marcelo Favery.