Esta semana os veículos do trade foram unânimes em publicar a expectativa de crescimento do setor de viagens corporativas baseada em extrato do estudo Global Business Travel Market que dá conta de que o mercado deve atingir 2 trilhões de dólares até 2028.
Que as viagens corporativas costumam representar grande parte da movimentação financeira do turismo e que sozinha é responsável por aquecer transporte aéreo, hotelaria, entretenimento, locação de automóveis, restaurantes e uma série de outros serviços, especificamente os relacionados com as feiras de negócios, não é novidade. Mas daí a crescer 13% em 6 anos parece improvável.
“Lendo algumas reportagens (não o estudo), confesso que fiquei surpreso. Primeiro porque o número de 600 bilhões de dólares em 2020 já caiu, então, um aumento para 2 trilhões seria um aumento de mais ou menos 1.5 trilhão em 6 anos. Mesmo que incluam a movimentação de China e da India, é um volume estratosférico”.
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Esta é a opinião de Fernão Loureiro, CEO da Loureiro Consultores e um especialista em viagens corporativas, tanto na gestão de viagens feita dentro da empresa, fruto de sua experiência em organizações como a Embaixada dos EUA, Ambev, Souza Cruz e Philips, em posições estratégicas e regionais (América Latina), como na consultoria que oferece ao mercado.
Premiado em Boston (EUA) com o The Business Travel Service Awards da GBTA e autor do livro “Gestão de Estratégica de Viagens Corporativas”, Loureiro fala de cátedra.
“Gosto de ser otimista, mas sinto que houve um exagero, ou então estão considerando um aumento com base mais em inflação do que em crescimento orgânico do setor. Ainda assim, as grandes multinacionais que compravam enormes volumes de viagens de negócios e promoviam eventos, preveem voltar apenas a 60% do volume de 2019, o que torna o desafio dos 2 trilhões ainda maior”, argumenta.
O relatório Business Travel Market é um relatório com 240 páginas e que fornece uma análise aprofundada do mercado global de viagens de negócios, com tendências atuais e futuras para elucidar os investimento iminentes no mercado.
Em nove capítulos e mais um totalmente dedicado às tabelas comparativas, o estudo usa o modelo das cinco forças de Porter na indústria conferindo a competitividade do mercado e analisando vários parâmetros como ameaça de novos entrantes, ameaça de substitutos, poder de barganha dos compradores e poder de negócios dos fornecedores que operam no mercado. A inteligência competitiva destaca ainda as práticas de negócios seguidas pelos principais players do mercado em várias regiões.
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