A Ferrari foi a última equipe a lançar seu carro para a temporada 2021 da Fórmula 1, já às vésperas dos testes coletivos, que começam nesta sexta-feira, 12 de março.
O time surpreendeu com uma pintura ousada para os padrões da Scuderia, com um degradê de tons de vermelho e a inserção em verde de uma marca ligada à patrocinadora Philip Morris ganhando muito destaque.
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O tom mais escuro de vermelho usado na parte traseira do carro é o mesmo do usado na comemoração dos 1000 GPs do time de Maranello, no GP da Toscana do ano passado.
O-lançamento na quarta-feira (10), foi apenas do carro em si. Os pilotos Charles Leclerc e Carlos Sainz e o chefe Mattia Binotto já tinham falado sobre sua expectativa para o ano em um evento no final de fevereiro, mas só agora o time italiano mostrou o SF21, carro com o qual a Scuderia busca deixar para trás a péssima temporada 2020, a pior dos últimos 40 anos para a equipe.
Por que mudanças são arriscadas?
Trata-se de um risco, já que a unidade de potência não pode ser mudada ao longo da temporada, e as alterações na suspensão significam que o time vai gastar suas fichas de desenvolvimento deste ano, ou seja, não vai poder mais mudar o carro, somente mexer na parte aerodinâmica.
Um risco necessário, já que o motor deixou de ser o melhor para se tornar o pior do grid, e a avaliação dos engenheiros era de que a suspensão limitava o que era possível fazer do ponto de vista aerodinâmico para melhorar a estabilidade da traseira.
“Baseado nas nossas simulações e no que podemos ver em termos de potência no dinamômetro e do arrasto que o carro gera no túnel de vento, acho que recuperamos muita velocidade de reta. Então estou esperando que a velocidade não seja um problema tão grande quanto antes. Nós esperamos ser competitivos, mas só vamos saber mesmo no Bahrein.”, disse Binotto, referindo-se ao palco tanto dos testes coletivos, quanto da primeira etapa, dia 28 de março.
O sucesso das mudanças tem tudo para ser importante para a adaptação de seu novo piloto. Isso porque o tipo de comportamento do carro ferrarista nos últimos anos é o mesmo com o qual o Sainz mostrou na McLaren que não fica tão à vontade: Instabilidade na traseira especialmente na entrada de curva.
Nenhum piloto gosta de ter um carro instável mas, assim como Leclerc na comparação com Vettel, o companheiro de Sainz no time inglês, Lando Norris, se dava melhor que o espanhol quando o carro se comportava dessa forma, então a correção disso seria uma ótima notícia para ele.