Com halftime show confirmado

FIFA World Cup 2026: como o maior evento esportivo da história impactará cidades, marcas e comunidades?

Confira a análise de Ana Robalo, COO da MCI Brasil sobre o painel "FIFA World Cup 2026™: Delivering the World’s Biggest Event - Ever" no SXSW 2025

Painel FIFA World Cup 2026™: Delivering the World’s Biggest Event – Ever no SXSW 2025. Foto: MCI Brasil.

Austin, Texas - A Copa do Mundo da FIFA 2026 será histórica. Com jogos distribuídos em 16 cidades dos Estados Unidos, Canadá e México, e uma audiência estimada em mais de 3 bilhões de pessoas, o evento já se posiciona como o maior de todos os tempos. Mas, além do espetáculo esportivo, quais serão os impactos reais da Copa do Mundo 2026 para as cidades-sede, as comunidades locais e as marcas envolvidas?

Durante o SXSW 2025, especialistas da indústria e organizadores do torneio discutiram os desafios e as oportunidades que surgem ao sediar um evento dessa magnitude no painel FIFA World Cup 2026™: Delivering the World’s Biggest Event – Ever. O debate reuniu Meg Kane (Philadelphia Soccer 2026), Lauren Nathan-LaRusso (Comitê Organizador de NY/NJ) e Kely Nascimento (The Impact Game), destacando pontos essenciais como infraestrutura, legado, sustentabilidade e estratégias de engajamento.

Impacto nas Cidades: Oportunidade ou Desafio?

A realização de um megaevento esportivo sempre traz transformações significativas para as cidades anfitriãs. Segundo Ana Robalo, COO da MCI Brasil, um dos focos da discussão foi o legado estrutural e social da Copa.

“Além do turismo e da movimentação econômica, as cidades precisam pensar em como garantir que os investimentos deixem benefícios duradouros. No Brasil, por exemplo, estádios construídos para a Copa de 2014 acabaram subutilizados, enquanto nos EUA o objetivo é maximizar o impacto positivo”, destacou Robalo.

Para Kely Nascimento, essa responsabilidade social precisa ser parte central do planejamento de um evento dessa escala:

“O fato de termos a oportunidade de discutir a responsabilidade social e o legado de um grande evento esportivo em um palco principal do SXSW é realmente incrível! Isso só é possível graças a décadas de trabalho extraordinário de ONGs e indivíduos que provaram que o esporte é uma poderosa ferramenta de impacto social.”

Entre as áreas de maior impacto da Copa do Mundo 2026 estão:

  • Infraestrutura urbana: Ampliação de transportes públicos, melhorias em aeroportos e modernização de arenas esportivas.
  • Desenvolvimento econômico: Geração de empregos temporários e novas oportunidades de negócios locais.
  • Turismo e hospitalidade: Milhões de visitantes internacionais devem impulsionar a economia do setor.
  • Sustentabilidade: Medidas para lidar com resíduos, emissões de carbono e reutilização de estruturas após o evento.

Trabalho Colaborativo: A Chave para o Sucesso

Organizar a Copa do Mundo exige coordenação entre governos, patrocinadores, comunidades locais e a FIFA. Durante a palestra, as especialistas ressaltaram que a integração entre diferentes setores será essencial.

“Cada um tem um papel único, mas todos precisam atuar como um time. Existem muitas regras da FIFA, exigências de segurança, transporte e planos emergenciais. Sem colaboração, nada disso funciona”, afirmou Ana Robalo.

Além disso, organizações não governamentais e entidades comunitárias terão um papel fundamental, garantindo que os impactos positivos cheguem às populações locais, especialmente em comunidades historicamente marginalizadas.

Marcas e Patrocínios: como aproveitar a maior plataforma global?

Com mais de 3 bilhões de espectadores ao redor do mundo, a Copa do Mundo é a maior vitrine para marcas. Para se ter uma ideia do potencial de engajamento, o torneio gera 13 vezes mais audiência nos EUA do que um Super Bowl.

“O evento é o maior palco global para contar histórias de forma genuína. Marcas que souberem aproveitar essa oportunidade terão um alcance massivo e um impacto significativo”, analisou a COO da MCI Brasil.

A fusão entre esporte e entretenimento nunca esteve tão forte, como destacou Kely Nascimento:

“O poder global da Copa do Mundo não está apenas no futebol, mas também na sua capacidade de unir pessoas através da cultura, da música e da responsabilidade social.”

Esse impacto será ampliado na final do torneio, que marcará a estreia do primeiro show de intervalo da história das finais da FIFA, em uma parceria entre a FIFA e a organização Global Citizen. O evento, anunciado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, será uma fusão entre esporte, música e cultura, com apresentações de artistas internacionais para um público estimado em 2 bilhões de espectadores.

“O FIFA Global Citizen Half-time Show será uma celebração única, reunindo os maiores artistas do mundo e criando um momento inesquecível para fãs dentro e fora dos estádios”, afirmou Infantino.

Outra novidade será a ocupação do Times Square durante o fim de semana da final, transformando o espaço icônico de Nova York em um hub para torcedores, com exibições ao vivo dos jogos e performances de artistas de renome mundial.

Liderança Feminina e Representatividade no Esporte

Outro destaque da palestra foi a presença feminina na organização do evento. Com três mulheres liderando discussões estratégicas sobre a Copa, a sessão reforçou a crescente representatividade feminina no setor esportivo.

Painel FIFA World Cup 2026™: Delivering the World’s Biggest Event – Ever no SXSW 2025. Foto: MCI Brasil.

“Foi inspirador ver mulheres em posições-chave na entrega de um evento dessa magnitude. No Dia Internacional da Mulher, essa conversa foi ainda mais simbólica”, disse Ana Robalo.

A presença feminina no futebol tem crescido nos últimos anos, tanto dentro de campo quanto nos bastidores. A Copa de 2026 será uma oportunidade para ampliar essa discussão e consolidar novos modelos de liderança no esporte.