O painel “B2B Creators — The Creator Economy’s Dark Horse”, realizado no SXSW 2025, trouxe uma discussão relevante sobre o crescimento dos criadores de conteúdo voltados ao mercado corporativo.
Diferente dos influenciadores de lifestyle, os criadores B2B combinam storytelling com expertise especializada, gerando milhões de impressões no LinkedIn e criando comunidades de alto valor. O debate reuniu nomes como Brett Dashevsky (Creator Economy NYC), Chris Do (The Futur), AJ Eckstein (Creator Match) e Olivia Owens (Teachable), que compartilharam suas visões sobre o futuro desse segmento.
Estratégias de Conteúdo B2B
Igor Tobias, Managing Director da MCI Brasil, acompanhou a discussão e destacou três pontos essenciais para marcas que querem aprimorar suas estratégias de conteúdo no universo B2B.
Conteúdo mais longo funciona melhor no B2B
Se no B2C a tendência é criar materiais curtos e dinâmicos, o público corporativo busca profundidade. “O mercado B2B precisa de mais contexto e informação. Conteúdos mais longos permitem explorar insights estratégicos e agregar valor real ao público profissional”, comentou Tobias.
A exigência de produção no B2B é maior
Um dos principais debates no painel foi a diferença na produção de conteúdo para os dois mercados. Enquanto o B2C valoriza um tom mais espontâneo, muitas vezes com vídeos caseiros e sem edição, o B2B exige um padrão mais sofisticado. “Diferente do que eu estou fazendo aqui agora, gravando um vídeo direto do celular, no B2B a produção tem um peso maior. É algo que vai contra o que muita gente acredita sobre autenticidade no digital, mas faz sentido dentro desse contexto. Uma produção bem-feita traz mais credibilidade e reforça a autoridade da marca”, destacou.
Eventos como fonte de conteúdo
A conexão entre eventos presenciais e digital foi apontada como uma das principais apostas para fortalecer o engajamento no B2B. “Capturar discussões, palestras e interações e transformar isso em conteúdo gera um engajamento exponencial. O evento já tem credibilidade e quando você leva isso para o digital, amplia ainda mais o alcance”, explicou Igor.
A discussão reflete um debate constante no mercado: o equilíbrio entre autenticidade e qualidade na produção de conteúdo. Enquanto o B2C segue apostando no espontâneo, o B2B segue exigindo um nível maior de refinamento.