1. Você-ainda tem um negócio?: E negócio quer dizer: Atividade econômica administrada por pessoas para gerar trabalho, bens e serviços, com o objetivo de também gerar valor e lucro.
Se ela não está conseguindo faturar o bastante para cobrir as despesas ou o investimento, desculpe, mas talvez você não tenha mais um negócio. Quanto antes você descobrir isso melhor, pois a constatação vai acelerar o processo de reinvenção de seu negócio para que volte a dar lucro.
2. Cliente bom dá lucro: Se você precisa custear a operação de algum cliente, repense tê-lo em sua carteira. Ele pode até ter dúvida do valor dos seus serviços para o negócio dele, mas você não.
Como dono ou responsável pelo negócio, você precisa saber fazer contas e ter ciência do valor que agrega aos seus serviços. No entanto, fomos educados para premiar o esforço, não o resultado.
Analisando pragmaticamente, isso está errado, pois esforço sem resultado é desperdício. Então, concentre recursos e soluções em projetos e clientes que valham a pena.
3. “Corte na própria carne”: Dê exemplos, inclua você e pessoas próximas nas medidas de ajustes e impacto deste período de crise. Afinal, você lidera, confia e é o principal interessado no negócio, e, desse modo, a liderança pelo exemplo fica mais clara e demonstra a seu time o seu comprometimento com o sucesso da empresa.
4. Pare de reagir e seja mais proativo, motive-se a fazer parte da mudança: O primeiro passo, nesse sentido, é criar uma visão positiva de futuro: Sem enxergar um futuro melhor, pelo qual vale a pena lutar, será difícil engajar pessoas e caminhar em direção a ele. Então, planeje de forma responsável, e, a partir daí, acredite nas possibilidades que desenhou; invista nelas e esteja preparado para adaptações ao longo do caminho. Muita gente sairá dessa situação beneficiada pelas oportunidades que encontrará na crise.
5. Seja transparente com quem está a seu lado: Nada de ser negativo demais ou positivo sem justificativa. Todos temos um papel importante na retomada, mas ninguém é diretamente culpado por vivermos o caos temporário em que estamos. Não entramos nisso sozinhos, por isso não seremos – tampouco teremos – o herói capaz de nos salvar.
6. Mãos no presente e olhos no futuro: Aja imediatamente para equilibrar receitas e despesas e replaneje tudo até o final de 2021 (cenário mais real da vacina “vacinada”). Ajuste o seu negócio para a realidade atual, sem bancar estruturas ociosas na esperança de demandas que ainda existem. O momento de travessia exige empresas leves e flexíveis, capazes de chegarem mais saudáveis à outra margem.
7. Repense tudo: Como as estruturas agora são mais horizontais e colaborativas, é importante entender como agir em rede e agregar valor a outras empresas ou parceiros de mercado. Por isso, esteja aberto para que outras forças possam ajudar a alavancar o seu negócio.
Lembre-se de que a competição é cruel, pois só premia um vencedor, já o trabalho colaborativo é rico e produtivo e nele todos ganham. Amplie sua visão a partir da abundância de recursos presentes na diversidade e na inclusão. Um bando de gente igual produz mais do mesmo. Se buscamos o diferente, precisamos tê-lo dentro de nossas organizações.
8. Transforme sua empresa em um hub: De inteligência que sirva a você, a seus clientes, e também a seus parceiros, e assuma seu lugar de estrategista. Mesmo nessa fase mais aguda de crise, os clientes compram com gosto boas ideias e execuções que melhorem o negócio deles. Mas não se meta a fazer o que não sabe, competindo com provedores experientes de ferramentas ou tecnologias que já estão prontas e disponíveis no mercado para serem usadas. Use tudo isso! Aproveite o que já existe e cuide para que os seus melhores talentos estejam sempre por perto, no comando.
9. Prepare sua empresa para a volta dos projetos, eventos ou encontros presenciais: Eles voltarão: primeiro, e com mais força, os que forem realmente necessários e importantes. Já os eventos híbridos e virtuais, mais acessíveis, econômicos e práticos, continuarão para sempre ocupando um merecido espaço em nosso portfólio de soluções. Então esteja atento aos protocolos, pois eles também vieram para ficar.
10. Em épocas de vacas magras, há sempre a tentação de abraçar qualquer oportunidade: Cuidado! Esse é o caminho mais curto para o arrependimento. Job entregue tem de ser job pago. Concorrências com muitos players, propostas especulativas e projetos feitos no risco não combinam com estruturas naturalmente mais enxutas. Foque os esforços de sua agência em fortalecer a relação e os contratos de longa duração com os clientes.