O processo de evolução digital, que vinha engatinhando há pelo menos cinco anos, obrigou líderes a tomarem decisões velozes para transformar e otimizar a performance dos negócios diante da pandemia do Coronavírus.
Consequentemente, as formas de consumo foram colocadas de cabeça para baixo e ondas tecnológicas influenciaram a forma de interação entre os consumidores e as marcas.
Diante deste cenário, empresas retardatárias têm um curto período para adequar-se ao ‘Novo PDV’.
Mas o que, de fato, é o ‘novo PDV’? No varejo de calçados e roupas, por exemplo, isso significa repensar processos a fim de criar um ambiente conectado e dinâmico, que utiliza tecnologia de forma eficiente, colocando o cliente no centro das decisões e orientado a uma experiência de compra sem atrito, desgastes, barreiras ou frictionless retail, como é conhecido no termo em inglês.
Modernizar o ambiente de loja é uma forma de oferecer experiências de consumo mais rápidas, fáceis e convenientes, lembrando que o ponto de encontro físico com o consumidor permite influenciar novas interações e diferenciar-se da concorrência.
Para isso, há sete principais tecnologias que fazem parte do Novo PDV:
1. Checkout Mobile: Elimina filas, dá ao vendedor a possibilidade de oferecer um atendimento ainda mais personalizado e com pagamento rápido. Além de finalizar a venda em qualquer lugar da loja, imprime a nota fiscal e dá baixa no estoque.
2. Carteiras Digitais: Cashback e pagamento sem contato estimulam consumidores a utilizarem o pagamento via carteiras digitais. Oferecer ao cliente pagamento via QR code integrado ao PDV com criptografia de ponta a ponta agrega valor à experiência de compra, transmite segurança e cria uma percepção de que a loja é antenada em inovação. Além disso, oferece possibilidades de menores taxas com as adquirentes.
3. Integrações: Quando pelo menos dois canais de vendas convergem afirma-se que a loja tem uma operação omnichannel, por mais simples que ela seja. A integração entre sistemas reduz custos operacionais, elimina retrabalhos, automatiza processos e agiliza o atendimento ao cliente.
4. Link de pagamento: Vendas no provador delivery, Instagram, WhatsApp, Facebook e outros canais ganharam força em um pequeno intervalo de tempo. Finalizar a venda com pagamento por link integrado no PDV com envio para o WhatsApp do cliente e confirmação do pagamento diretamente pelo sistema é um recurso que tem ajudado os lojistas a simplificar essa operação para o cliente, o caixa e o financeiro.
5. Vendedores Digitais: Dispor facilmente de fotos de produtos e montar looks para inspirar os clientes na hora de compor o novo visual passa a ser um dos papéis do vendedor, que tende cada vez mais a se relacionar com os clientes e vender por meio de canais de comunicação digitais. O Novo PDV dispõe de um aplicativo de social selling, no qual o vendedor tem acesso a todo estoque da loja para prestar atendimento personalizado, com pagamento por link integrado e opção de retirar na loja ou receber em casa.
6. CRM (Customer Relationship Management): O potencial de crescimento nas vendas, tanto da loja física quanto da on-line, devem ser explorados. Informações simples e fáceis de analisar podem ser extraídas em poucos cliques no CRM do Novo PDV. Quando utilizadas corretamente, contribuem no crescimento das vendas.
7. BI (Business Intelligence): A gestão dos resultados da loja, na medida em que são alimentadas por mais dados, fica mais inteligente com uma ferramenta de análise fácil e intuitiva. Encontrar respostas na hora certa abre vantagem diante frente à concorrência e deve ser considerada nessa transformação.
Num processo de mudança, algumas decisões são desafiadoras para os empreendedores. Os investimentos são difíceis de serem realizados num momento tão delicado, mas isso será determinante para corrigir a rota, antes que fique grande demais a distância entre os concorrentes que deram a largada antes. É uma jornada sem fim, mas é preciso começar.