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A indústria clama por mais mulheres na liderança

Embora as melhorias sejam inegáveis, dados comprovam que o mercado de trabalho ainda é um campo hostil para muitas de nós.


Decidi fazer uma reflexão sobre o papel da mulher no mundo corporativo e da dita evolução nesse cenário no mercado brasileiro.

Antes de continuar esse artigo, peço que faça o já famoso “Teste do Pescoço” e tire sua própria conclusão. Olhe ao redor e questione-se quantas mulheres em cargo de liderança existem na sua empresa. 

É certo que a pauta de inclusão nas grandes marcas e a busca para reduzir as diferenças de gênero estão cada vez maiores, porém, ainda temos muito para conquistar. 

Embora as melhorias sejam inegáveis, dados comprovam que o mercado de trabalho ainda é um campo hostil para muitas de nós. Pessoalmente, acredito em uma revolução com significado. 

No poder da mulher de acelerar a transição de mundo para uma Era mais humana, e também na transformação do cenário econômico, a partir da economia do feminino. 

Isso significa trazer para a empresa mais fornecedoras, colaboradoras e profissionais, dentro da lógica da inclusão. E o resultado é um novo contexto, com olhares cada vez mais plurais e serviços mais diversos. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, mulheres ganharam em média 26% a menos que os homens. Quanto mais alto o nível hierárquico, menor é a presença feminina, e, por consequência, maior a desigualdade de salário entre elas e eles. 

Assim, trabalhar na redução das diferenças de oportunidades econômicas e sociais entre os gêneros, principalmente na liberdade financeira da mulher, conquistada a partir da articulação e potencialização das iniciativas femininas, é transformador e pode alterar o mundo que conhecemos até hoje. 

Não ter diferença de salário entre homens e mulheres do mesmo cargo e estruturar uma cultura de objetivos claros e plurais, pode (e deve) ser empregado em qualquer modelo de negócio. Muitas empresas pensam que essas atitudes são difíceis de serem aplicadas financeiramente, mas não é uma verdade. 

As marcas precisam repensar a diversidade de uma forma mais profunda e trazer para as suas empresas, essa nova realidade. É necessário que as lideranças dentro das organizações parem para pensar e incorporem de forma, cada vez mais natural, que as diferenças entre os gêneros trazem vantagens e mais lucratividade. 

De acordo com o relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change divulgado pela ONU, empresas com mais mulheres, principalmente em cargos de liderança, conseguem obter melhores resultados. 

Quando o estudo analisou a rentabilidade das empresas que apostam em igualdade de gênero, houve crescimento de 10% a 15% na receita. 

A liderança com olhar feminino traz consigo a lógica da abundância, da colaboração, da generosidade, e, principalmente da sustentabilidade. 

Como disse Jennifer Armbrust, diretora da Sister, onde ela dirige a Feminist Business School: “Um negócio feminista pode modelar novas maneiras de viver, trabalhar e estar juntos.”

Por isso, busque entender onde estão as mulheres da sua empresa: isso retrata um futuro positivo para o seu negócio, assim como para a sociedade. Vamos em frente.