Como comunicador e professor na minha atividade paralela, sinto que este é o momento propicio para conversarmos sobre a importância do ensino em todas as etapas da vida.
Os meios de midiáticos de comunicação não cansam de a todo o momento, citar o descompasso dos alunos brasileiros frente aos de outras nações.
Podemos tentar justificar que a pandemia foi em parte responsável por esse atraso, porem, não é totalmente verdade, desde muito antes da pandemia, as pesquisas já indicavam grandes deficiências dos alunos, não só no conteúdo didático, na educação, pontualidade, ausência escolar, e até violência.
Isto sem falar no português e na matemática, que na última pesquisa deste ano afirmava 80% dos alunos do ensino básico não sabiam utilizar os quatro sistemas aritméticos, adição, diminuição, divisão e multiplicação.
De-quem é a culpa?
Pandemia, família, crise social, ou falta de capacitação de professores?
Dentro desta linha de raciocínio, a escola ou a Universidade, são igualmente responsáveis, até por que cabe à escola avaliar a qualidade didática do professor.
Sem querer entrar no mérito da questão, ressalto igualmente a importância da educação no resultado do negócio, isto se torna mais claro nas universidades particulares.
Nas públicas o problema está na assiduidade dos professores, na política, no conteúdo ideológico, sem falar na irresponsabilidade de permitir a continuidade dos ditos alunos profissionais.
Como acho irrelevante não vou citar nomes, alíás, só não vê quem não quer, assim vou focar o meu artigo na capacitação de professores, considerando que os outros desvios ressaltados são endêmicos.
A dita capacitação ou a sua falta atinge sem exceção a grande maioria de professores.
No primário eles têm a desculpa dos salários, da falta de atendimento, da violência, mas, como são funcionários públicos não têm a necessidade de demonstrar eficiência e produtividade, assim, estão tranqüilos e basicamente intocáveis.
Já na universidade particular o cenário muda, nós os professores estamos sujeitos à avaliação, inclusive, dos próprios alunos. Esta avaliação não seria negativa, desde ela não servisse para revanches, ou forma de encobrir a incapacidade, a falta de respeito, porem, eles se sentem protegidos pela dinâmica da faculdade e pela importância que eles representam no faturamento acadêmico.
Ramente o professor é avaliado pelo seu conhecimento e dinâmica, é claro que temos exceções, e aí cito a Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM, como um exemplo de eficiência e preocupação com a qualidade didática, através de seminários constantes, ainda assim há falhas gritantes, dentro do contexto o aluno tem prioridades, sendo o mais importante passar de ano,
Na universidade pública o problema é outro, ausências injustificadas, estabilidade de emprego, conseqüência de mais uma vez a proteção ao funcionalismo público.
Voltando à importância da capacitação, ela garante à imagem da escola, um valor maior na sua representatividade e importância, traduzida na qualidade, responsabilidade e educação, um desafio de oportunidades.
Para o professor, a capacitação se torna mais relevante na preparação e didática, na dinâmica da aula, na admiração dos seus alunos.
Da mesma forma que os professores, os alunos, precisam de motivação, de formação continuada para o seu crescimento.
A capacitação pedagógica é essencial para atender as demandas da sociedade, as demandas de um mundo real, que esperam que o professor e a escola cumpram o seu papel na transformação e capacitação dos seus alunos.
Isto significa que a capacitação ainda não é ainda uma realidade, estados e governo não têm políticas publicas na defesa da capacitação e qualificação do docente.
Acho que o MEC esqueceu o processo de mudanças e tecnologia que o mundo global exige, um grande problema que se reflete na contratação e na falta de qualidade de seus funcionários.
Mais que uma responsabilidade corporativa, é uma exigência global, aliás, uma exigência de mercado, para uma mudança efetiva e conceitual, que vai aparecer na qualidade e nos resultados.
Na linha pedagógica de formação dos alunos, dou como sugestão a aprendizagem baseada em problemas, “PBL”, através de uma linha de educação política e permanente Acredito que esta metodologia associada a dinâmica prática da vida corporativa, vai ajudar a pensar estrategicamente , a ativar o comprometimento, a informação e o conhecimento, alem de maior percepção dos problemas que o mundo corporativo enfrenta.
É um processo dinâmico e interminável que vai exigir uma atualização permanente, indispensável para professores e alunos no fortalecimento da cultura educacional e corporativa, principalmente, na atualização e fortalecimento de seus profissionais.
O resultado é mais que obvio, qualidade, produtividade e compromisso com o ensino.
Uma porta aberta para o resultado.
Obrigado.
Edmundo Monteiro de Almeida