Em 2023, o mundo despertou para a Inteligência Artificial. O que víamos em filmes de ficção científica, começamos a ver em nosso dia a dia, e o problema é que gostamos do que vimos. Em poucos dias, literalmente, o mundo conhecia ferramentas de IA e já saia usando para tudo.
Em março do ano passado, por exemplo, um grande amigo fez 5 concorrências publicitárias em apenas 2 dias apenas usando a IA, quem é de agência sabe, que no modelo tradicional, ele demoraria, sozinho, pelo menos 1 mês para executar o que fez em 2 dias.
Esse movimento começou a crescer nas empresas e agências do mundo inteiro, e no Brasil não seria diferente, uma vez que temos muito talento por aqui, profissionais altamente capacitados e interessados que foram buscar conhecimento para aplicar a IA em campanhas, com isso, a IA se alastrou por todo o mercado, chegando, obviamente no mercado de eventos, foco desse artigo.
Nesse 1 ano que conhecemos mais a fundo a IA, vimos o seu poder de processar dados e analisar padrões para tomadas de decisões em tempo real, nos eventos, onde praticamente tudo acontece em tempo real, ter uma ferramenta que dá esse poder nas mãos dos gestores de marca é um grande poder, afinal, dependendo do dado apresentado algumas rotas podem ser mudadas de um dia para o outro, ou as vezes, na mesma hora dependendo do evento e da ideia.
A IA também tem a capacidade de gerar dados que podem ser usados em campanhas ao longo do ano; por exemplo, um evento que uma marca participa em Março poderá gerar resultados para essa marca em Novembro graças aos dados que a IA tem capacidade de cruzar, alinhando o que foi captado no evento versus o que a marca – ou gestores da marca – disponibilizam na Internet.
Esse cruzamento de dados, que o conceito do BigData nos traz, alinhado com a IA, ambas tecnologias se potencializam, ajudando ainda mais as marcas.
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E o contrário também pode ocorrer, no momento em que a IA tem a capacidade de analisar os dados das pessoas e fornecer recomendações personalizadas para qualquer tipo de evento que provavelmente fazendo uma comunicação personalizada, lembrando a hiperpersonalização foi um dos termos que a NRF2024 trouxe como tendência para esse ano.
O exemplo que dei acima do meu amigo, que criou concorrências usando a IA, mostra o poder dessa ferramenta para os times criativos. A IA pode, por exemplo, criar textos personalizados para diversas peças criativas, assim como, criar artes personalizadas que possam encantar as pessoas, imagina, por exemplo, em um show de Rock você ter uma imagem personalizada gerada por IA com os membros da banda, isso em NFT, ou seja, algo que só você tenha e garantida pela banda. Esse tipo de experiência é sensacional.
Em 2017, Steve Cannon, CEO Global da Mercedes-Benz, em um evento em Detroit disse uma frase, simples, curta, mas que muda todo o cenário do marketing, principalmente o digital “a experiência é o novo marketing”; curto, direto, mas que faz toda a diferença no mercado.
No final do ano passado, Philip Kotler lançou seu novo livro Marketing 6.0 onde ele aborda as tecnologias imersivas como um diferencial para as marcas, em geral, IA e Metaverso são os temas mais citados por Kotler nesse livro, quando o pai do marketing fala, é nossa total responsabilidade ouvir com muito cuidado, não à toa ele é considerado a 6a pessoa mais influente nos negócios em todo o planeta.
Em resumo, a tecnologia e o marketing devem andar cada dia mais de mãos dadas, é Pelé e Coutinho! Não tem como deixar de lado um ou outro, os times devem estar cada vez mais integrados.
As possibilidades que a IA traz são gigantescas e cabe ao marketing trazer as ideias e a tecnologia saber como desenvolver, ou, a ideia pode vir da tecnologia e o marketing dar valor a isso, não importa a lógica, mas sim, que cada dia que passa, vemos mais e mais marcas usando a tecnologia em diversas campanhas, por que não usar nos eventos?
