O mercado de trabalho está começando a receber uma nova geração de profissionais, a chamada Geração Z, que são os nascidos entre 1995 e 2010.
Os nativos digitais, como são chamados, são reconhecidos pela facilidade com a tecnologia, a busca por propósito, crescimento acelerado e dinâmico.
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, jovens entre 18 e 24 anos representam 15% da população maior de idade no País. E as empresas começam a se preparar para receber esses novos colaboradores, que se diferenciam pela alta capacidade inovadora e tecnológica, uma necessidade cada vez mais demandada pelas empresas que passam pela transformação digital.
Um estudo feito pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e Sebrae, revela que 42% desses jovens buscam trabalhar com o que gostam. Para eles, o propósito é fundamental. Empresas que não têm um propósito bem definido, tendem a ser menos atrativas para esse público.
Eles precisam entender porque estão naquela companhia, e, melhor ainda, saber se estão fazendo alguma diferença no mundo ou na vida de alguém. Para eles, é inaceitável ser apenas mais um. Querem fazer parte de algo maior, significativo. Inclusive, iniciativas sociais costumam agradar, já que eles gostam de vestir a camisa da empresa e lutar pelo que acreditam.
Além disso, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental, mesmo que não exista uma divisão clara. Bater cartão de ponto é algo que simplesmente não faz sentido. Eles gostam de ter autonomia e flexibilidade para arquitetar ideias e implantá-las.
Empresas que oferecem benefícios como home-office se tornam mais desejadas. Um ambiente aberto, dinâmico, onde o relacionamento e a comunicação com outros colegas profissionais seja mais fácil, e não exista um lugar fixo para trabalhar, também proporciona espaços para que esses jovens falem tanto de aspectos pessoais quanto profissionais em um mesmo ambiente.
O salário é importante para 31% deles, de acordo com a pesquisa. Eles até querem uma boa remuneração, mas sem abrir mão do propósito, da autonomia e de um bom plano de carreira.
A Geração Z quer velocidade tanto na carreira quanto nas tomadas de decisões. Aprendem muito rápido, e, na visão deles, em pouco tempo já estão preparados para uma nova posição dentro da companhia.
Como são imediatistas, se não conseguem o que querem, tendem a buscar outras oportunidades, numa postura tão dinâmica e desprendida que chega a chocar as gerações anteriores, acostumadas a passarem vários anos em uma mesma empresa, construindo uma carreira mais sólida.
Eles também não costumam gostar de hierarquias. Para esses jovens, diretores e presidentes são pessoas comuns e não devem ser tratadas de um jeito diferente. Da mesma forma, tem que tomar mais cuidado com os feedbacks negativos, pois dependendo da situação, podem interpretar de forma errada, desmotivando-os dentro das suas funções.
A Geração Z tende a achar que estão sempre certos. Os mais velhos é que não entendem suas formas de pensar porque já estão ficando para trás. Eles entendem ser inovadores, tecnológicos e pensam lá na frente.
Cabe destacar que esse é um ponto que merece muita atenção das empresas, visto que pela primeira vez na história, temos tantas gerações trabalhando simultaneamente. É imprescindível entender as características, necessidades e anseios de cada uma, buscando alcançar os objetivos comuns da empresa. É preciso haver respeito mútuo.
Para atrair e reter esses novos profissionais, as empresas precisam buscar formas de motivá-los o tempo todo. Eles gostam de receber estímulos, em especial aqueles que valorizam a diversidade e as causas sociais. Espaços abertos, com relações flexíveis, respeito e inclusão são os mais procurados por esses jovens que tem muito a contribuir nesses novos contextos de mundo e de mercado.
Projetos inovadores dependem da ousadia e desprendimento da Geração Z.