Quando pensamos nas maneiras de conciliar a grandiosidade dos eventos com práticas sustentáveis, o assunto pode parecer complexo. Ainda mais se tratando de clientes do setor automobilístico, quando alguns dos veículos podem ser diretamente atrelados à emissão de CO2.
Junto disso, também existem as emissões relacionadas ao transporte, logística e consumo de energia durante as ações. Contudo, existem diversas práticas que podem ser adotadas para manter o equilíbrio entre luxo e as questões ambientais, indo desde a escolha de matérias e fornecedores, até a avaliação pós-evento.
Pensando nisso, o Promoview convidou João Eduardo Amaral, CEO e Sócio Fundador da FibraOne, braço do grupo focado em ações estratégicas de sustentabilidade da Fibra.ag, e Rebecca Nascimento, Gerente de sustentabilidade, para destacarem maneiras de entregar eventos respeitando as práticas de ESG.
Equilíbrio entre automobilismo e sustentabilidade
Entregar um projeto de grande porte que, mesmo trazendo muito impacto para o público, seja também seja sustentável, também traz uma percepção positiva da marca para os consumidores. E, para isso, existem diversos exemplos de ações e práticas que podem ser adotadas para unir as duas frentes.
Segundo os profissionais da Fibra.One, tais práticas devem focar em dois fatores principais: a redução do impacto ambiental e a promoção de responsabilidade social por e para todos os que estiverem envolvidos na entrega. Dessa forma, o processo deve começar pela escolha de um local sustentável, que use energias renováveis e promova uma gestão eficiente de resíduos.
“Além disso, é importante que a organização do evento incentive o uso de transportes alternativos, como, por exemplo, veículos elétricos ou transportes públicos e/ou compartilhados, visando a redução das emissões de carbono. É interessante, ainda, que se invista em ferramentas para calcular as pegadas de carbono geradas em todas as frentes do evento, com o objetivo de, posteriormente, promover as respectivas compensações“, comentam João Eduardo Amaral e Rebecca Nascimento.
“É igualmente essencial que a organização priorize a utilização de materiais recicláveis e biodegradáveis em toda a comunicação visual do evento, bem como nos brindes oferecidos aos participantes, além de focar na implementação das soluções digitais, como aplicativos, minimizando a necessidade de impressões físicas”, acrescentam.
Ademais, para diminuir a pegada de carbono, é importante optar por fornecedores que utilizem ingredientes orgânicos produzidos localmente, evitando, assim, a emissão de gases liberados nos grandes deslocamentos.
Ao final, “é imprescindível a realização de uma avaliação pós-evento, tendo como escopo a análise dos impactos ambientais e sociais causados, com a emissão de um relatório apontando as possíveis melhorias para as próximas edições”.
Minimizando emissões de carbono
Como citado anteriormente, não é possível falar de transporte sem citar a pegada de carbono. Então, como operar a logística que um evento de grande magnitude demanda sem causar grandes danos ao meio ambiente, considerando as emissões relacionada ao transporte, logística e ainda, o consumo de energia?
De acordo com os profissionais, “essa redução pode ser alcançada a partir das seguintes estratégias: incentivo ao uso de transporte sustentável, planejamento de um processo de logística eficiente e a utilização de fontes de energias renováveis para suprir a demanda do evento (…) por fim, promoção de ações de compensação de carbono”.
Nesta etapa, podemos citar novamente a promoção de gestão de resíduos e utilização de materiais reutilizáveis. O público também faz parte da estratégia e devem ser educados a respeito de práticas responsáveis e as ações sustentáveis que forem adotadas durante o evento.
Selecionando materiais e parceiros responsáveis
Ao selecionar materiais e parceiros para assegurar práticas responsáveis e sustentáveis em eventos automobilísticos, é essencial considerar diversos fatores. “Inicialmente, é primordial que se dê prioridade a parceiros que adotem práticas éticas e sustentáveis em suas operações. É necessário averiguar como tal parceiro atua com relação à gestão adequada de resíduos, às condições de trabalho dos seus colaboradores, e como trata o tema de eficiência energética”, citam João e Rebecca.
“Além disso, essencial que os parceiros sejam transparentes em suas condutas, e que estejam comprovadamente investindo em tecnologias e práticas inovadoras para promoção da sustentabilidade, como soluções de mobilidade elétrica ou compensação de emissões de carbono”. Da mesma forma, é importante optar por fornecedores que utilizem materiais recicláveis, biodegradáveis ou de baixo impacto ambiental, além de priorizar produtos e parceiros locais.
Por fim, é essencial garantir a conformidade legal, assegurando que todos os materiais e parceiros envolvidos estejam em conformidade com as regulamentações locais e internacionais, especialmente as relacionadas ao meio ambiente e à segurança.