Assim como a Lego, que criou o método LEGO® SERIOUS PLAY®, outras tantas empresas, agências, e grupos independentes, criaram suas próprias metodologias. Todos beberam da mesma fonte, as metodologias criadas em séculos que datam a.C para o ensino, a pesquisa e a aplicação científica. Hoje o que fazemos é aplicar todo esse conhecimento nas indústrias, sistemas e marcas.
Em 2021 a Mapoteca precisou nascer como um estúdio de branding composto por estratégia e design. Junto do Gabriel M. Ramos, atendemos marcas expressivas, como Ambev, F1, Nestlé, Meta, e outras tantas outras. E além de oferecer uma proposta diferente, porque conectamos especialistas de diversas áreas, para entregar tudo aos nossos clientes, criamos uma metodologia proprietária.
Chamado de Contraste, o método é essencialmente um workshop de design thinking que utiliza perguntas estratégicas para realçar a visualização de estruturas da marca ou projeto, ajudando a diagnosticar o que era desconhecido.
Para facilitar, podemos dizer que é um pré-briefing. Que serve de facilitador para passar o bastão para outras agências e empresas realizarem o famoso brainstorming. Evitando que ele vire uma conversa de bar.
E por quê chama assim?
Em 2020 aprendi que existem relações entre as necessidades humanas (pirâmide de Maslow) com as necessidades das marcas. Os observadores dessa relação, Ricardo e Diego Bueno, fundadores da agência Energia, criaram uma metodologia essencial para a definição da plataforma das marcas. Recomendo que todos conheçam mais do trabalho deles aqui. A partir dessa percepção, entendi que existem inúmeras relações possíveis, como o design e a natureza (biomimética). Até que cheguei na relação da saúde humana com a saúde de um projeto.
No exame de contraste, substâncias são utilizadas para fornecer uma avaliação funcional de estruturas do corpo, ao realçar a composição de possíveis lesões.
No método Contraste, perguntas são utilizadas para fornecer uma avaliação funcional de estruturas do projeto, ao realçar a existência de possíveis divergências.
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Como funciona?
O método pode ser utilizado em projetos de branding, tecnologia, design, curadoria, audiovisual, marketing, copywriting, trade marketing, live marketing e recursos humanos. E acontece em formato de workshop, de forma online, híbrida ou presencial. O tempo e a composição das perguntas (substâncias) são determinados pelo(s) facilitador(es), com base no projeto, no número de participantes e outras definições.
Qual a sua importância?
Para responder essa pergunta, trouxe – para mim – o maior especialista no assunto, Daniel Padilha, Estrategista e Professor da The Ugly Lab.
“O Design Thinking é uma metodologia que combina mentalidades, ferramentas e processos para catalisar a inovação, e o The Ugly Lab surgiu para apoiar e comercializar essas ferramentas. Durante minha trajetória tive contato com a IDEO, um dos principais responsáveis pela definição do Design Thinking, e entendi que o branding, por si só, não engloba totalmente essa abordagem. No meu trabalho, busco integrar esses conceitos, conectando-os com outras áreas que me interessam, como estudos futuros, gestão de pessoas e psicanálise, para fortalecer a base do branding e aplicar as ferramentas de maneira eficaz.
Como designers, não devemos impor soluções prontas ou mentalidades externas, especialmente no contexto de diferentes culturas. Em vez disso, precisamos ser facilitadores, praticando uma escuta radical para entender as reais necessidades dos grupos e acompanhá-los no processo. O Design Thinking não é uma solução mágica, mas uma forma de florescer uma mentalidade inovadora, ouvindo as pessoas e ajudando-as a construir suas próprias soluções. É importante refletir se estamos realmente indo à essência do Design Thinking ou apenas replicando modelos importados de outros contextos”.
Colaborando com essa fala e amarrando todo o assunto, trouxe também a visão do Luciano Vian:
“Gerar provocações é justamente o que faz as pessoas chegarem a consensos. Às vezes, ficamos presos em análises individuais que, quando trazidas prontas para discussão, já nos enviesam por terem um caminho traçado à nossa frente. O design thinking elimina esse conforto e nos estimula a traçar uma rota do zero, juntos. É um processo que, apesar de parecer em algumas instâncias mais caótico, gera soluções muito mais honestas e alinhadas entre todos, justamente pela sua natureza tão democrática”.
Para saber mais sobre o método Contraste, fale com a Mapoteca: [email protected]
Até a próxima,
Julia
