Mais uma vez volto ao tema comunicação.
Ainda que aparentemente possa ser considerado um tema repetitivo e obvio. A comunicação será sempre a base interativa, o decodificador do processo pela quais pessoas informam interagem e selecionam informações.
Porem, cada vez mais se torna importante a formação cultural de ambas as partes, de quem transmite e de quem recebe. Uma responsabilidade considerando a inovação a tecnologia, as novas ideias, a novas práticas das ferramentas de comunicação.
Falando em responsabilidade gostaria de acrescentar que tudo o que escrevo não é fruto somente do conhecimento acadêmico ou da ficção criativa, é apenas o resultado da vivência e da realidade temporal do mundo em que vivo.
É neste ponto que ressalto a importância da cultura que se manifesta no saber, no poder subliminar de surpreender, no concreto ou no imaginário, na transformação do subjetivo em objetivo, desenvolvendo o conhecimento e a capacidade de interpretação.
Uma responsabilidade holística para o real ou para o imaginário, da mesma forma para o positivo ou para o negativo, comprometendo o valor da importância estratégica da comunicação, através de novas ideias, de novas práticas focadas no desenvolvimento sustentável, de novas ferramentas da comunicação.
Nessa busca pela comunicação real e inovadora não podemos esquecer o compromisso social, diante da importância da figura humana, esquecida muitas vezes quando a comunicação e a busca de relacionamentos são negligenciadas, subestimando culturas e principalmente o lado humano, aí o esforço inovador perde força.
É neste sentido que ressalto a importância da cultura, formadora de novas ideias, novos formatos de comunicação, possibilitando a compreensão a transformação radical, com destaque nas capacidades criativas, antecipando se ao futuro com inteligência.
Para criar as bases de comunicação de compartilhamento coletivo é importante, acima de tudo, o compromisso universal, convertendo conceitos em soluções úteis.
Uma estratégia que inclua avanços tecnológicos, modelos que ajudem a contagiar, a otimizar a comunicação, flexibilizando processos e modelos de trabalho deixando a sociedade mais preparada para as mudanças, para as grandes revoluções.
O momento chegou.
O momento de refletir sobre as prioridades sem subterfúgios, sem demagogias, sem olhar o próprio umbigo, onde cada um tem uma nova responsabilidade, um novo aprendizado, um compromisso, um momento de interação, sem bandeiras, sem muros. Um momento de reconhecer a importância estratégica de todas as atividades e ferramentas que compõem o mercado da comunicação.
Se esta é a nova bandeira, se tudo isso for entendido como uma realidade parabéns.
Se realmente estamos mudando ou queremos mudar, devemos nos perguntar: fazemos parte do processo?
A comunicação ocupa realmente o espaço que merece?
A importância da cultura é pertinente?
A cultura é fundamental no processo comportamental do ser humano, na maioria das vezes adquirida na evolução do crescimento, adquirindo nos valores, percepções, desejos e comportamentos e cultura
Toda a sociedade possui uma cultura, que influência e é traduzida no comportamento e nos valores, uma cultura que ressalta a importância da comunicação, ou na falta dela, o insucesso, a ineficiência, o desenvolvimento a incompreensão, transformando a comunicação em uma salada de informações antissociais, prejudicando o progresso o envolvimento social a liberdade o humanismo.
Cabe a nós avaliar se isto já é uma realidade, se não for, temos que descontinuar práticas comprovadamente comprometidas com a cultura na comunicação.
Temos que exercer o nosso trabalho sem distinções, sem pressupostos, compartilhando problemas e resultados como os nossos clientes, deixar de ser vistos como paliativo e fazer parte da solução.
Temos que deixar de ser uma alternativa dentro do processo da comunicação, temos que deixar de ser figurantes no grande espetáculo da comunicação.
Obrigado
Edmundo Monteiro de Almeida
Consultor associado do Grupo MICE
Professor universitário e Mestre em comunicação.