Com o objetivo de atrair o público gamer, Bis, marca de chocolates da Mondelez, decidiu convidar Felipe Neto, youtuber e influenciador digital, para a sua mais nova campanha que ocorrerá na CCXP 2023, entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro em São Paulo.
A empresa, que estará pela primeira vez no evento como patrocinadora e levará diversas ativações e experiências para um dos eventos mais esperados do ano, viu o influenciador como uma oportunidade de se aproximar com mais profundidade do seu público-alvo.
Tendo em vista seu grande alcance, conteúdo e, por ser considerado um dos principais comunicadores do público juvenil do país, a marca contou com o sucesso de Neto e acabou comprando bem mais do que isso.
Como estratégia de divulgação a marca lançou no último dia 10, em um dos maiores podcasts do Brasil, o PodPah, a campanha onde Felipe Neto foi não só o entrevistado como também levou o Bis como o patrocinador oficial daquele episódio.
No-entanto, a repercussão foi além do esperado.
A escolha da marca pelo youtuber gerou inúmeras críticas, não pelo seu trabalho mas sobre o seu posicionamento político, que é bem definido e não agradou a todos.
O assunto ficou em evidência por dias, chegando ao seu ápice no último sábado (14), quando a hashtag #BisNuncaMais foi um dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter).
Após a polêmica, a Mondelez divulgou em nota que “suas contratações de influenciadores estão relacionadas unicamente a sua relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza”, pontuando o verdadeiro objetivo da marca ao convidar o influenciador.
De acordo com o portal Splash, segundo Felipe, o envolvimento com a política fez as marcas brasileiras pararem de procurá-lo para parcerias e depois de muito tempo, a marca Bis “resolveu abraçá-lo”.
Na prática, a Mondelez teve uma queda em suas ações durante o período da polêmica, no entanto ao que tudo indica, não foi motivada pela campanha e, sim, por incertezas econômicas nos Estados Unidos e pelo acirramento da guerra entre Israel e o Hamas, que refletem economicamente na negociação de papéis nos mercados americanos.
Na internet, se de um lado existem os haters do influenciador estendendo o ódio à marca, do outro lado existem os que se opõem a este grupo e estão consumindo o produto por conta da polêmica.
De qualquer forma é inegável que o nome “Bis” acabou ficando em alta e na roda de conversa de milhares pelo país todo e teve uma movimentação em suas vendas. Só resta saber se na conta final o saldo será positivo ou negativo.
E você, o que achou da estratégia da marca na contratação do influenciador?