No período do isolamento social, a tecnologia intensificou a aproximação dos indivíduos, separados fisicamente.
Lives, reuniões, eventos, todos estes acontecimentos facilitados pelas tecnologias da informação evidenciaram, neste período, o comportamento frente “às câmeras” diárias do mundo virtual. Da mesma forma, reforçou certos cuidados de comportamento e uma atenção redobrada frente à tamanha exposição virtual.
Podemos considerar que a postura e comportamento devem ser balizados pelo tipo de evento virtual que participamos.
Em um evento social on-line realizado entre amigos, a descontração, as brincadeiras e toda a informalidade são bem-vindas. Mas diferentemente, em um evento corporativo, uma reunião organizacional, lives ou gravações institucionais, a postura dos participantes deve refletir o profissionalismo, bem como os comportamentos advindos de suas competências técnicas e comportamentais.
No ambiente virtual, as informações, ações e atitudes pessoais ou organizacionais tornam-se mais aparentes e tomam proporções globais em tempo real, neste sentido, cabe lembrarmos que a proximidade e a facilidade das conexões proporcionadas pelo ambiente virtual, podem ser um aliado para o marketing pessoal ou um grande vilão e criar uma imagem negativa deste profissional.
Já que de alguma forma, cada indivíduo exerce uma determinada influência a um grupo social e tem a capacidade de projetar sua imagem ou a forma como pretende ser visto nos ambientes que percorre, alguns cuidados e atenção podem ajudar a reforçar a marca pessoal e profissional e até protege-lo de críticas quanto sua postura:
1. Se “nós somos nossa marca”, nosso valor deve ser fundamentado no produto do conhecimento que apresentamos. Expertises profissionais, know-how, habilidades técnicas, comportamentais e relacionais devem ser a primeira impressão e a constante percepção que as pessoas devem ter de nós.
2. As redes sociais podem ser fortes aliadas para reforçar nosso conhecimento, habilidades e atitudes, para tanto, o cuidado com a privacidade, com as exposições da vida pessoal, com publicações e comentários ou abertura de informações organizacionais, devem ser observadas atentamente e até evitadas.
3. O tempo é uma moeda preciosa, por isso ser pontual, seguir pautas de reuniões, evitar conversas desnecessárias e respeitar o tempo estabelecido para os eventos virtuais, demonstra respeito aos participantes.
4. O marketing pessoal nas redes sociais não tem relação com egocentrismo, exibicionismo ou ainda, com uma promoção pessoal.
A construção da identidade e da credibilidade de um profissional não está dissociada da postura pessoal, ambas andam juntas e conectadas.
Por isso é importante lembrar que a maneira como nos portamos em “ambientes informais”, como tratamos superiores ou subordinados, não deve ser oportunizada pela relação de ganha-ganha ou por uma posição hierárquica-social, mas regida pela métrica do respeito aos indivíduos a despeito de seus títulos e posições.
Cabe ressaltar que no mundo virtual, tudo fica mais aparente, então cada vez mais as dualidades se sobressaem.