A frase, muitas vezes dita por jovens: “A minha cabeça ninguém faz”, com a Era Digital perdeu o sentido.
“Donos da verdade” quando o assunto é a social media, os influenciadores digitais são pessoas que têm sido cada vez mais procuradas por empresas que buscam divulgar alguma marca dentro do mundo das redes sociais.
De uns anos para cá, a opinião deles passou a ter peso de ouro, e, em função disso, as marcas os respeitam ou ‘temem’, cada vez mais. São esses jovens conectados que estão ditando regras e tendências, dizendo o que é bom ou ruim, influenciando comportamentos, entre outros.
Justamente por serem influenciadores de milhares de pessoas, eles conseguem adicionar ainda mais valor a uma marca — usando sua reputação digital para isso.
No entanto, tudo depende também de saber com que forma ele passará a mensagem para o seu público, por isso, é sempre importante ter um roteiro predefinido ou analisado antes de se produzir qualquer tipo de conteúdo com influenciadores.
Capazes de deixar qualquer ‘Maomé’ de queixo caído, os influenciadores digitais são capazes de mover verdadeiras montanhas de seguidores por meio da web, contra ou a favor das marcas. Portanto, nada melhor do que ter alguém dessa turma do seu lado, não é mesmo?
Estamos na “Era do Influenciador Digital”, e, aos poucos, as marcas passam a absorver esse conceito.
Para se ter uma ideia da mudança de paradigma que estamos vivendo, segundo pesquisa realizada pela Rakuten Marketing Internacional, 30% dos pais admitem que estão propensos a gastar mais em um produto, por exemplo, roupas, para seus filhos se ele foi endossado por algum influenciador digital, como uma blogueira, vlogger ou instagrammer.
O estudo também apontou que 23% dos pais confiam mais em influenciadores on-line para tomadas de decisão. Enquanto se achava que o endosso viria muito por conta de espelho em celebridades, os dados da pesquisa mostraram que são os influenciadores on-line que estão “fazendo as cabeças” desse público.
Mas, até que ponto vale a pena viver em função dos influenciadores digitais?
A opinião dos influenciadores digitais é muito importante, disso não resta dúvida. Mas, onde entram os outros valores, como família, personalidade, amor próprio, autoestima, liberdade de escolha, e tantos mais?
É bom saber que tem alguém que testa um produto ou serviço e depois diz se é bom ou ruim. Quanto mais pessoas derem o seu aval, maiores são as chances de estarmos consumindo algo de qualidade. Mas, e o gosto pessoal, não conta?
Modismos sempre existiram, só que antigamente eles eram ditados por revistas, mídia tradicional, e, até mesmo, o velho e bom rádio, o que tornava, muitas vezes, o acesso por um grande número de pessoas. Com a internet, logicamente que essa propagação é bem maior, mas, fica a dúvida: essas opiniões são reais ou existe algum benefício extra para esses influenciadores?
Onde entra “Se todos gostarem da cor amarela como fica a roxa?”
Os nossos jovens estão seguindo tendências de pessoas que eles admiram, ou aprenderam a admirar em função das mídias sociais, porém, estão esquecendo que esses influenciadores digitais são como eles, ou seja, têm seus medos, inseguranças, e, queira ou não, também estão indo pela cabeça de outros.
Dessa forma, vamos respeitar a opinião deles, porém, não fazer dela uma regra. Gosto é gosto e isso não se discute.
É fato que eles têm ditado tendências, porém, o que não é possível dizer com certeza é se a opinião sobre um determinado produto é realmente verdadeira ou se o influenciador digital nada mais é do quê um ‘embaixador’ da marca.
Antes de tudo, que tal as marcas se preocuparem mais em oferecer qualidade e preocupação com o meio ambiente na produção de seus produtos do que fazer algo que simplesmente agrade a uma geração de influenciadores que daqui a alguns anos já terão uma nova opinião?
Será que as marcas que não investem nesses influenciadores têm que temer se não obtiver o aval deles? O tempo dirá!