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Inovação na mobilidade: como o Marketing pode criar conexões e contribuir para o acesso a informações

Por mais que tenhamos diversos tipos de públicos, precisamos sempre simplificar e melhorar a experiência de mobilidade.


Daniel Takatohi

Há algum tempo, ouvimos no mercado que criar e fortalecer relacionamentos é fundamental para que uma marca tenha sucesso na popularização do seu produto, propósito, pensamento e outros. E uma das ferramentas mais utilizadas pelas empresas é o Marketing de Relacionamento, que consiste basicamente em ouvir o cliente e ter alguém que realmente se preocupe com o que ele precisa. 

Isso pode ser adotado em diversos segmentos, mas quando você associa com um serviço presente na jornada diária de milhões de pessoas, que inclui a inovação da democratização de soluções digitais, é um desafio ainda maior, pois você precisa entender os públicos, seus momentos e oportunidades para contribuir com a mudança de comportamento.

Essa alteração de mindset proporciona para empresa um leque de situações, pois o time precisa pensar em estratégias para atingir os clientes diários e os esporádicos, além de que, internamente, é preciso acolher o desafio de escolher linguagens para atingir consumidores, que, no setor de mobilidade, buscam pela simplificação da sua jornada. Na média, o brasileiro tem uma curva de adoção acelerada às novas tecnologias. 

Mas nesse primeiro momento, entendo que o marketing é imprescindível para que os usuários conheçam os serviços e seus benefícios podendo contar com toda facilidade, conveniência e qualidade que é apresentada em qualquer processo de digitalização. Aqui em especial, vou falar da transformação que está sendo feita na mobilidade do transporte público paulista.

Desde 2021, os passageiros de vários municípios passaram a contar com inúmeras funcionalidades, canais de venda e serviços digitais integrados aos já existentes recursos físicos — todos concebidos pensando em como melhorar o dia a dia das pessoas e tornar a experiência de bilhetagem mais simples. 

Nesse cenário, há o desafio de associar a comunicação dessas novidades e inovações para alavancar a adoção dos usuários a essas soluções, mudando um hábito de décadas em que tínhamos apenas as bilheterias como único meio de acesso ao transporte metroviário e de ônibus. Além disso, entendemos que a disponibilização de outras soluções e benefícios para os passageiros que tiverem interesse, como um cartão de crédito e débito, contribui com a inclusão financeira e melhora a experiência de mobilidade humana.

Contextualizando um pouco mais com tendências para 2023, por exemplo, segundo dados da Global Interconnection Index (GXI), mais de 50% dos empresários pretendem focar na construção de novos modelos de negócio digitais para o próximo ano. 

Portanto para públicos que estão adaptados temos um cenário positivo de avanço. Mas além deste, tenho também, dentro deste mundo da mobilidade pessoas que usam transporte público eventualmente e entendo que precisamos fazer parecido com o que aconteceu com as empresas de pagamento automático de pedágio, que para crescerem, precisaram avançar na oferta de serviços que foi o sistema em shoppings, postos de combustível e drive-thru.

Para esse público eventual buscamos fomentar canais de venda sem a obrigatoriedade de fazer downloads de um app, realizar cadastros e autorizações. Isso é possível com a compra de passagens direto do WhatsApp via PIX, por exemplo. Nesses casos o trabalho com um Trade Marketing para conscientização e orientação é uma ferramenta importante para aproximação e lembrança da marca.

A boa notícia é que a estratégia focada na variedade de canais associada ao amadurecimento das funcionalidades digitais da plataforma se mostra acertada, pois temos observado que os passageiros que aderiram às novas formas de aquisição dos bilhetes tendem a ter autonomia na compra de suas passagens, o que representa uma mudança clara de comportamento. E fecho essa minha explanação com uma menção de Maya Angelou que diz: “as pessoas podem esquecer quem você é, as pessoas podem esquecer o que você fez, mas elas nunca esquecerão como você fez elas se sentirem”. 

Por mais que tenhamos diversos tipos de públicos, precisamos sempre simplificar e melhorar a experiência de mobilidade para que essas pessoas tenham momentos que facilitem e impactem positivamente seu dia a dia, seja qual for o seu canal de acesso à solução.

*Por Daniel Takatohi, diretor de Negócios e Marketing da Autopass