Entrar em uma nova escola, no primeiro emprego ou, como neste caso, no mercado de experiências de marca, pode gerar sentimentos adversos, como a insegurança de “fazer a coisa certa”. Esse cenário se torna ainda mais desafiador quando o primeiro contato com o consumidor é determinante para estabelecer a marca ou moldar estratégias.
Em um mercado cada vez mais competitivo, onde até as empresas mais consolidadas estão trabalhando em inovações para se destacarem, a autenticidade e a conexão emocional com o público tornaram-se essenciais. Entretanto, como gerar identificação com alguém que ainda não sabe muito sobre a sua história?
Para responder a questão, Igor Tobias, Diretor Geral da MCI, agência global de marketing e engajamento de público, traz dicas para novas marcas que estão em fase de fortalecimento de branding, mas que, ainda assim, desejam conquistar o público desde a primeira experiência off-line.
O profissional foi reconhecido recentemente com Empresário do Ano no Prêmio Live por sua trajetória no mercado, especialmente após a pandemia, quando liderou iniciativas que resultaram em excelentes resultados e um crescimento notável para o escritório brasileiro da MCI.
Começando com o pé direito
Para criar uma ação de live marketing personalizada, é necessário encontrar as melhores formas de entender e atender às expectativas do público. Assim, o impacto da experiência consegue ser prolongado, fidelizando o contato com a marca antes e depois da ação.
Por isso, “ferramentas tecnológicas, como inteligência artificial, combinadas com um CRM bem estruturado, são essenciais para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada. A chave é entender o comportamento do público e usar dados para criar interações mais relevantes e frequentes“, explica Igor Tobias.
Estratégias que fazem diferença
Em espaços ideais para o live marketing, como os eventos, a disputa por atenção é acirrada, o que eleva as expectativas e o nível de exigência dos participantes. Sendo assim, é essencial desenvolver ações que diferenciem a marca, especialmente em ambientes onde concorrentes também estão em evidência.
De acordo com o Diretor Geral, “as ações mais eficazes são aquelas que incentivam o público a interagir e participar ativamente da experiência, promovendo uma relação de ‘participante’ em vez de ‘espectador’. Para isso, é importante ter um conceito criativo bem estruturado e que reflita claramente na ativação. Assim, a mensagem é absorvida e pode gerar um efeito boca a boca ou, no jargão atual, maior ‘talkability'”.
Para esse bolo não existe receita
Ao planejar uma experiência de marca, entender “o que não fazer” pode ser tão ou mais importante do que definir “o que fazer”. No mundo do marketing não existe uma receita para o sucesso. Pois estratégias que funcionaram para uma marca podem não ter o mesmo impacto em outra. E é justamente aí que está um dos erros mais comuns: a replica.
“O live marketing se destaca por depender do fator ‘UAU’, da capacidade de surpreender e contar uma história única que faça sentido para o público. Cada marca, público e objetivo exigem uma abordagem exclusiva e cuidadosamente planejada. Não existe uma ‘fórmula mágica’. O sucesso depende de uma análise detalhada e de um planejamento especializado”, acrescenta.
Comece do começo
Como em uma viajem, antes de começar, saiba qual o destino final. Dessa forma, no caso de marcas e agências novas no mercado, o primeiro passo é ter clareza sobre os objetivos. “O live marketing oferece uma ampla gama de ferramentas, desde o brand experience até webinars, entre outros. Algumas dessas atividades podem ser combinadas estrategicamente para alcançar os resultados esperados”, exemplifica Igor.
Por fim, o Diretor geral traz a dica: “o foco deve ser entender como cada ferramenta pode contribuir para os objetivos da marca e integrá-las de forma coesa”.