A Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que goleou o time do Panamá por 4 x 0 ao em sua estreia da Copa do Mundo Feminina no dia 24/07, conta cada vez mais com a torcida dos trabalhadores brasileiros. Assim, a grande cobertura nas redes sociais e na imprensa prova que há sim uma maior visibilidade e valorização do esporte praticado por mulheres.
De acordo com um levantamento de autoria da Aberje – que teve como objetivo conhecer as ações que as empresas associadas estão realizando em relação ao campeonato mundial de futebol feminino –, quase metade das organizações (48%) de diversos segmentos vem engajando seus funcionários com ações para incentivá-los a acompanhar os jogos, seja liberando-os do expediente, seja paralisando as atividades para transmitir as partidas na própria empresa.
O-estudo foi feito através de questionário eletrônico, com o intuito de saber se as empresas estão realizando algum tipo de ação em relação ao mundial. Contou ainda com a participação de 48 empresas, de diversos porte e segmento, e com colaboradores em diferentes estados do país.
Assim, a enquete apurou que 57% das empresas participantes relataram estar realizando campanha de comunicação interna relacionadas ao mundial; que 41% optaram por dispensar parcialmente os colaboradores do trabalho a partir de um determinado horário e 7% decidiram dispensar os funcionários para assistir aos jogos nas instalações da empresa.
Das empresas que irão dispensar os colaboradores, metade irá fazê-lo para todos, administrativos e operacionais. Já a outra metade fará essa dispensa apenas para os(as) colaboradores(as) administrativos, sendo que, irão colocar televisores/telões para que os(as) colaboradores(as) operacionais possam assistir aos jogos nas dependências da empresa.
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Quando o jogo da seleção brasileira feminina for realizado no período da manhã, o retorno ao trabalho ocorrerá uma hora após o término do jogo em 42% das empresas participantes. Da mesma forma, caso algum jogo ocorra no período da tarde, a dispensa se dará uma hora antes do início da partida em 37% das empresas.
Aos poucos empresas vão se mobilizando
Esta não foi a primeira vez que a Aberje procurou levantar dados sobre o engajamento das empresas em relação à Copa do Mundo Feminina de Futebol. Em 2019, o levantamento feito pela associação mostrou que o mundial feminino não estava no radar das companhias brasileiras, ao constatar que poucas programaram ações para torcer pela seleção feminina.
Na época, apenas 12% programaram alguma ação durante os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino. Deste total, 9% liberariam seus funcionários para assistirem às partidas na empresa e as outras 3% para que acompanhassem de casa. Por outro lado, a visibilidade do futebol feminino no Brasil foi a maior de todas as edições anteriores.
De acordo com o diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos, os dois levantamentos realizados pela associação refletem uma evolução na valorização do esporte feminino dentro das organizações. “De maneira geral, o esporte é uma plataforma formidável para a comunicação corporativa, muito ligado à pauta ESG. Quando falamos do futebol feminino, podemos notar um crescente interesse tanto da mídia e da sociedade, como também das marcas, que podem aproveitar o tema para comunicar questões de diversidade e inclusão, papel social da empresa, engajamento com colaboradores, além, é claro, da comunicação mercadológica”, detalha.
Foto: Getty Images
