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O conceito de Marketing Multicultural surgiu como uma ferramenta para que as marcas desenvolvessem campanhas que alcançassem diferentes segmentos de público, promovendo representação e diversidade, fossem elas étnicas, culturais, raciais ou sexuais.
Contudo, com a crescente integração das pautas de diversidade e inclusão nas discussões e estratégias, esse conceito ainda se faz necessário? O Promoview convidou Drielly Bispo, CEO da agência Mūse, para responder a essa questão.
Segundo Drielly, o Marketing Multicultural ainda atende às necessidades do mercado, mas precisa de adaptações. “As marcas precisam ir além da segmentação cultural e realmente integrar a diversidade de forma autêntica. Uma campanha mais refinada evita generalizações, que são problemáticas quando a inclusão não é feita de maneira genuína.”
Ação integrada
Com a diversidade e a inclusão se tornando cada vez mais temas centrais, a tendência é que o Marketing Multicultural passe por uma evolução, em vez de perder relevância. “Acredito que o conceito se transformará em algo mais orgânico e integrado, deixando de ser apenas uma estratégia para se tornar parte essencial da identidade das marcas”, afirma a CEO da Mūse.
Porém, para que essa evolução aconteça de maneira responsável, é fundamental que as empresas evitem cair no oportunismo e na apropriação cultural. Drielly destaca que a solução passa por um compromisso real com a diversidade.
“As marcas precisam tratar a diversidade como um compromisso sério e não apenas como uma estratégia de marketing. Isso significa ir além da representação em campanhas publicitárias e incorporar a inclusão na cultura da empresa, em seus produtos e em seu impacto social.”
O futuro do Marketing Multicultural, portanto, não é o seu fim, mas sua integração ao posicionamento das marcas, garantindo que a diversidade seja mais do que um discurso, e sim uma prática autêntica e realmente impactante.