Como saber o impacto dos influenciadores na decisão de compra dos consumidores? Para isso é necessário ir ao início de tudo.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o marketing de influência surgiu antes mesmo dos influenciadores dominarem as redes sociais.
O início do marketing de influência
O primeiro registro do marketing de influência é datado em 1890. Nancy Green, uma ex escrava, é contratada para ser o rosto do Aunt Jemina, uma mistura de panquecas.
Com o sucesso do produto, Nancy Green é considerada a primeira afro-americana a influenciar uma geração de compradores. Ela assinou um contrato vitalício com a marca e ganhou prêmios com o sucesso da massa de panqueca.
Outro exemplo de marketing de influência com alguém famoso é o da Coca-Cola. Em 1930, a empresa decidiu usar a figura do Papai Noel em suas campanhas. A principal ideia na mente dos diretores da Coca-Cola era que: Se as pessoas amavam a pessoa que promovia o produto, amariam o produto também. Em 1953, Tony the Tiger, da Kellogg’s, também se tornou um grande influenciador para as crianças na época.
Quem não gostaria de beber o mesmo que o Papai Noel ou se tornar forte como um tigre? Ao misturar figuras marcantes, que destacariam os produtos nas prateleira, com os sentimentos dos consumidores, o marketing de influência seguia uma nova direção. A frequente exposição a estímulos neutros, unido a um estímulo potente, resultou em uma sensação de prazer com a marca causada pela simpatia do influenciador.
Segunda fase do marketing de influência
Com o aumento do mercado de consumidores, houve um aumento de marcas sendo divulgadas. O que ocasionou em uma disputa pela atenção dos consumidores. Assim, o marketing de influência começou a se expandir e as empresas começaram a diversificar suas ideias. E começaram a convidar celebridades para estampar campanhas de seus produtos.
Como já sabemos, no marketing 2.0, o consumidor é o rei. Ao mostrar que artistas famosos usavam os produtos divulgados, a atenção das pessoas era atraída para eles. Os consumidores da época acreditavam que usando esses produtos, ou imitando os comportamentos, seriam iguais às celebridades.
Campanhas com celebridades atraíam compradores e consumidores condicionados com os produtos de maneira positiva. Isso acontecia devido aos depoimentos que as celebridades davam em nome da empresa. E esse impacto era muito mais forte, pois, ao contrário do que acontecia com Papai Noel e Tony, as celebridades já possuíam a simpatia do público por suas qualidades.
O marketing de influência atualmente
Atualmente, vivemos na Era do marketing 4.0, no qual empresas continuam realizando campanhas com o marketing tradicional. Porém, elas passam a focar a sua força no marketing digital e nas mídias sociais, o que acarretou em uma mudança no impacto dos influenciadores na decisão de compra.
As redes sociais e os sites de compartilhamento de vídeos dominaram o mercado e atraem cada vez mais usuários. O YouTube e o Instagram, por exemplo, deram a oportunidade para que pessoas compartilhassem as suas ideias e opiniões on-line, atraindo um vasto público interessado e que compartilhavam dos mesmos interesses.
Com isso, a atenção dos consumidores ficou ainda mais disputada. Esse foi o ponto de virada do marketing de influência.
Os influenciadores digitais começaram a se destacar, atraindo cada vez mais seguidores. Como eles compartilham o seu dia a dia, as pessoas tendem a sentir uma proximidade com o influenciador. E, com isso, a opinião dos creators sobre um determinado produto ou serviço se tornou valiosa.
O impacto dos influenciadores na decisão de compra
Como vimos, o marketing de influência é uma tática que vem de muito tempo. Antes mesmo do surgimento da internet. E em cada época ele foi feito com uma estratégia diferente. Mas, mesmo com essas diferenças, percebe-se que ele sempre trabalhou algo importante em comum: a confiança humana.
Os influenciadores que mais causam impacto em seus consumidores são os que são honestos e que conhecem e respeitam a sua audiência. Os creators também conseguem passar mensagens de maneiras diversificadas.
Em uma pesquisa realizada pela agência Whalar, afirmou que os influenciadores são 277% mais “emocionalmente intensos” do que comerciais na TV. E também são 87% mais memoráveis. Ou seja, quando uma pessoa se interessa muito mais quando vê uma divulgação de um influenciador, em vez de um mero comercial na TV.
Segundo o site MuseFind, 92% dos consumidores confiam mais nos influenciadores do que em propagandas com celebridades que não são nativas digitais. Os influenciadores possuem um retorno sobre o investimento (ROI) 11 vezes maior do que em campanhas de marketing tradicional. Isso acontece porque 61% dos consumidores atuais vão até as redes sociais buscar informações e opiniões sobre um produto.
Como pudemos ver, o impacto dos influenciadores na decisão de compra mudou conforme os anos. Mas, atualmente, o domínio de presença é dos influenciadores digitais, que diariamente estão criando conteúdos específicos para aproximarem-se ainda mais de seu público.
As estratégias de marketing de influência têm crescido a cada ano e já existem projeções de que o seu valor seja de US$ 20 bilhões de dólares no próximo ano. E a projeção para os próximos anos é de um valor ainda maior.