Obter retorno financeiro, colocar em prática o conhecimento adquirido, ter liberdade, qualidade de vida e principalmente poder desfrutar dos prazeres que a vida de empresário bem-sucedido pode oferecer.
Essas são as razões mais comuns que levam uma pessoa a empreender, contudo, a realidade que temos observado é bem distinta.
Por um lado, temos em grupo formado por donos de negócios prósperos que conseguiram construir empresas de sucesso e continuam prosperando. Por outro, um grande número de pessoas frustradas por não conseguirem atingir os objetivos que foram definidos e que assistem, de forma muitas vezes incrédula, a estagnação ou a diminuição da sua empresa ano após ano. A empresa que não cresce morre, infelizmente é assim.
Esses empresários enfrentam vários desafios para assegurar a continuidade e o crescimento de suas empresas, que carecem de gestão eficiente, planejamento estratégico, de equipes comprometidas e de estratégias comerciais que funcionem.
Muitos se sentem insatisfeitos por não saberem que direção tomar ou simplesmente porque não têm tempo para pensar em como aproveitar as oportunidades e desafios que as mudanças trazem. E se perguntam: o que e como eu faço para tornar o meu negócio sólido, lucrativo e que não dependa 100% da minha presença para funcionar?
O nível de insatisfação é crescente, e esse sentimento existe por uma razão: os empreendedores estão ocupados trabalhando em seus negócios e não para os seus negócios. Muitas vezes, o que se nota é uma condição de auto empregado, na qual os donos passam a maior parte do tempo resolvendo problemas operacionais, executando atividades que deveriam ser delegadas e não têm tempo ou energia necessária para cumprir as atividades inerentes à função de proprietário da empresa.
Para isso, o empresário deve exercer o seu papel de dono, focar em atividades que não podem ser delegadas e precisam ser exercidas por ele, não investindo 100% do seu tempo e energia em atividades operacionais. Saber contratar, capacitar, desenvolver pessoas e aprender a delegar é fundamental nesse processo.
Definir os passos e controles internos é outro ponto importante, eliminando o que chamamos de "caos operacional". O que leva a desperdícios de tempo e prejuízos materiais, muitas vezes sem o conhecimento do proprietário. A fórmula deve ser: os processos controlam o negócio, a equipe controla os processos e o proprietário gerencia a equipe.
Muitos ainda vivem a síndrome do “Somente eu sei fazer” ou “Aqui ninguém faz como eu” e se esquecem da atividade principal do papel do dono, ou seja, buscar estratégias para que a empresa inove, possa competir de forma efetiva, lucre mais e cresça. E para isso é necessário tempo.
Esse deveria ser o verdadeiro papel do dono e cabe a cada um a reflexão solitária do que realmente precisa ser feito, das mudanças necessárias, e, sobretudo, do impacto nas centenas de vidas que dependem diariamente do sucesso de nossos empreendimentos.
A menos que os proprietários se conscientizem de seu verdadeiro papel na empresa, seu futuro será igual ao seu presente e suas frustrações continuarão a drenar sua energia, seus recursos e sonhos.