Desde que o Coronavírus se espalhou vertiginosamente e a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou uma pandemia, o mundo virou um caos.
A sensação de fragilidade, vulnerabilidade e impotência tomou conta das pessoas. De todas as idades, culturas, raças e religiões. As diferenças ficaram de lado. Hoje, somos um só. Aí que entra a empatia.
Como usar essa adversidade global que o Coronavírus representa como uma curva de aprendizado para praticar o amor e a equanimidade?
Quando nos preocupamos com os outros, geralmente, temos a tendência de pensar nas pessoas dentro do nosso núcleo: nós mesmos, nossa família e nossos amigos.
O momento atual nos traz a oportunidade de expandir nossa mente, exercitar o altruísmo e se preocupar pelo bem de todos os seres. Quem quer que seja e onde quer que esteja
Empatia consiste na habilidade de perceber o outro, muitas vezes sem que ele precise dizer algo acerca de sua situação emocional ou afetiva.
“A empatia significa ‘colocar-se no lugar do outro’, sentir suas emoções. Neste momento difícil, precisamos demonstrar interesse genuíno e ativo diante das preocupações, especialmente dos idosos e dos portadores de doenças que estão no grupo de risco do coronavírus.”, explica Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica, e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – FMUSP.
Precisamos primeiro trabalhar a aceitação dos fatos. Devemos avaliar a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar. Lidamos com o momento difícil cultivando pensamentos de medo que nos enfraquecem ou pensamentos que nos fortalecem?
Em meio a uma crise global, ser capaz de avaliar o alcance de uma adversidade e ter recursos internos para lidar com ela da melhor maneira possível é muito valioso. Pessoas resilientes fogem de reclamação e justificativas e passam para o gerenciamento das emoções e solução de problemas.
Depois que você consegue entender e aceitar a situação atual, já tem total capacidade de ter empatia e enxergar o próximo. Talvez você não esteja no grupo de risco do Coronavírus, mas já olhou à sua volta?
Tem vizinhos idosos ou com doenças pulmonares, diabetes ou hipertensão arterial? Essas são as pessoas que precisam de maiores cuidados, que necessitam de proteção. Portanto, pratique a empatia, a solidariedade. Ofereça ajuda. Se for preciso, faça o supermercado para sua vizinha de 70 anos e evite que ela se exponha ao risco.
Essa pandemia que estamos vivenciando nos leva a questionar como e por quem serei cuidadoso. Qual pensamento vai me guiar diante da situação atual? O que posso fazer para que minha comunidade fique em segurança? Reflita e dê o seu melhor como ser humano.