Com certeza, independente do contexto, você já ouviu falar sobre o teste do pescoço.
Se não ouviu, ele nada mais é do que perceber o quão diverso e representativo é o ambiente que você está inserido.
Por isso, início de 2024, eu gostaria de iniciar o ano fazendo uma provocação: Que tal fazer um exercício de ultrapassar os limites da representatividade e transformá-la em protagonismo?
Este exercício consiste em pensarmos em toda a esteira de concepção, produção e execução de projetos de Brand Experience através de um recorte diverso.
Por ser uma mulher negra, vou falar exclusivamente sobre a ótica racial, porém estenda este exercício afim de promover o protagonismo de outros grupos diversos como mulheres, PCDs, LGBTQIA+ e outros.
Uma informação importante antes de iniciarmos o exercício, é que ele funciona para qualquer tipo de projeto, não necessariamente apenas os projetos relacionados à datas que valorizam e reforçam o protagonismo destes grupos, por isso, fazer a diferença é também pensar a partir deste ponto.
Compras Inclusivas é o nosso ponto de partida. O poder de decisão das empresas em contratarem agências/ fornecedores e parceiros que possuam em seu quadro de liderança 50% + 1 de pessoas diversas promove o protagonismo e torna essa decisão consciente.
Escolhidos os parceiros para o desenvolvimento dos projetos, é interessante exercitar o quanto é possível unir estes grupos em todas as fases deste processo. Me refiro desde a ideação, concepção até a execução do projeto. E não se preocupe se não atingir o 100%. O importante aqui é dar o protagonismo em sua maioria, independente da porcentagem.
Eu sei o quão desafiador pode parecer este exercício, porém, em outubro de 2023 eu participei da realização de um projeto que praticou exatamente isso. O protagonismo negro.
Note que o evento aconteceu em outubro, e a temática central era negócios. Não era um evento em celebração ao mês da consciência negra onde seria mais comum isso acontecer.
Este evento em questão foi idealizado, planejado, produzido além de contar com uma audiência majoritariamente de pessoas negras, atingindo mais de 70% desta mensuração, ou seja, protagonismo. E os passos para que pudéssemos atingir esse marco foi exatamente a decisão no momento 01 de fazer deste evento um evento de protagonistas.
Muito se fala sobre diversidade (o que é extremamente importante e é a proposta aqui), porém a realidade prática as vezes é um pouco diferente. Pensar sobre diversidade é pensar para além da representatividade, da inclusão, elevando o patamar para o próximo passo que é refletirmos e colocarmos em prática o protagonismo.
Vamos juntos fazer esse exercício?