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Quando saber se está na hora de um reposicionamento de marca?

Dar uma nova cara à empresa exige planejamento e conhecimento profundo de como as pessoas percebem a marca.


Saulo Camelo

Com 106 anos de história, o Hospital de Urgência e Emergência Nossa Senhora dos Prazeres, de Santa Catarina, percebeu recentemente que era preciso um reposicionamento de marca. Mais do que isso, entendeu que é essencial considerar as redes sociais e a digitalização do negócio nesse processo. 

Muitas organizações ainda têm algum receio ligado a soluções mais modernas e os resultados que elas podem gerar. Normalmente, são negócios que já tiveram bons resultados sem usar o digital, mas presenciaram uma queda de faturamento nos últimos anos. Os ramos que mais têm desconfiança com o digital são o varejo, contabilidade, direito e até mesmo instituições de ensino.

Durante o projeto de rebranding do hospital, realizado em parceria com a CMLO&CO, foi desenvolvida a criação de uma nova identidade visual que fosse mais atrativa e moderna e que pudesse se diferenciar e expandir a novos públicos, mas sem perder a sua essência. Nesse projeto, garantimos todos os atributos do manual da marca, como missão, visão, valores, público, proposta de valor, logotipo, cores, tipografia, aplicações e comunicação. 

Em geral, existem dois pilares essenciais da construção de uma marca que são o que a empresa diz ao público e o que esses consumidores experimentam em relação a ela. Dessa forma, é criada uma opinião do consumidor que impacta no uso do serviço ou consumo do produto. 

Essa percepção que o público tem pode ser direcionada de maneira positiva quando a comunicação é transparente e estratégica. Portanto, se isso não estiver acontecendo de maneira fluida e houver ruídos no diálogo entre o negócio e seus clientes, está na hora de repensar aquilo que está sendo dito ou mostrado.

Vale destacar que o rebranding não deve ser uma tarefa superficial, mas sim realizada com profundo conhecimento da marca, sua missão, visão, valores e expectativas. O objetivo não é começar do zero, mas se adaptar para uma maior abrangência e melhor comunicação com aqueles que já fazem parte do público, além de prospectar outras pessoas.

O ponto de partida desse procedimento é uma boa estratégia, feita de maneira profissional e lembrando de adequar o empreendimento às novas tecnologias e demandas de mercado. Construir uma personalidade junto àqueles que já consomem, ajuda também a entender em que lugar do segmento sua empresa está em relação à concorrência. Por isso, a auditoria deve estar alinhada com esse planejamento, ou seja, é preciso uma pesquisa que traga informações de como a marca é percebida interna e externamente. Uma vez que se entende onde o negócio está hoje, pode-se começar a organizar o futuro.   

*Saulo Camelo é CEO da CMLO&CO