Não é novidade para ninguém que a tecnologia é a maior tendência para o mercado de eventos. Sendo mais assertivo, não apenas no mercado de live marketing mas, em todos os mercados, não é mesmo?
Cada vez mais, a abertura de um evento vem ganhando espaço e se tornando peça chave dentro da estrutura criativa dos eventos em geral.
Convenções de vendas, lançamentos de produtos e grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas, abusam da tecnologia e da inovação em suas performances. Com o objetivo de inovar sempre, marcas, produtos, e, é claro, as agências necessitam estar sempre um passo à frente.
A tecnologia e a inovação nos possibilitam uma amplitude e uma infinidade de aplicações. Desde apresentações sofisticadas com o uso de robôs megatrônicos, AR, VR, MR, hografias ou até ideias que possam conduzir o público a uma experiência simples e marcante.
A propósito, já ouviu falar em Inovação Desruptiva? Termo criado por Clayton Christensen, professor de Harvard, que por sinal, eu sou um grande fã… Nada mais é do que você atribuir a um produto, serviço ou processo um significado, finalidade ou uma nova funcionalidade pela qual não foi concebido ou pensado.
Me lembro de um case da agência A Cuca que usou da inovação desruptiva. O plástico bolha usado para embalar e proteger um produto, foi usado para transmitir uma experiência apresentando o feature do então mais novo lançamento da Dorflex IcyHot.
O chão de todo ambiente onde o lançamento estava sendo apresentado foi forrado com plástico bolha. Quando os convidados caminhavam pela experiência sentiam, na pele, o novo efeito conhecido como crek crek.
Resumindo a ópera, e, se apropriando do exemplo, as inovações e a tecnologia podem ser aplicadas de diversas formas, em diferentes eventos e usando de diversos conceitos pois, o segredo não está diretamente ligado ao que aquilo representa de fato, mas sim como usamos ou significamos. Sendo possível resolver um briefing de diferentes empresas que atuam em setores diferentes com uma mesma solução.
Vamos fugir do convencional, performances, vídeos de abertura , teatro, circo e dança. Tudo isso traz muito pouco de novo.
Pode soar um pouco estranho essa afirmação já que, na verdade, uma abertura de evento se apoia sempre em algumas dessas expressões artísticas. Sim, realmente não temos como fugir disso, mas nesse artigo vamos tentar focar na tecnologia e na inovação e como podemos, por intermédio de um insight, mudar o jogo.
Aqui vão algumas novidades e tendências para aberturas de eventos.
Led brand: Um show de luz e tecnologia com um bastão de LED capaz de desenhar luzes, imagens, logos e frases no ar. O equipamento é totalmente sincronizado com uma trilha sonora. O resultado é de grande impacto, criando uma atmosfera mágica. Com esse equipamento conseguimos unir conteúdo com artístico. A ferramenta nos permite contar uma história, seguindo um roteiro de imagens elaborado a partir de um tema, dentro de uma performance artística. Um espetáculo recomendado para aquelas situações em que você precisa passar algum tipo de mensagem.
Light Dance: Há uma enorme confusão em torno desse tecnologia. Muitos a confundem com as conhecidas e até batidas roupas de LED dos robôs, muito usados em casamentos e eventos sociais, que você mesmo pode construir visitando a Santa Efigênia. A grande diferença é que o Light Dance utiliza, ao invés do LED, a tecnologia de eletroluminescência ou fibra ótica, que são totalmente programáveis. Você já teve ter assistido a Companhia Light Balance no America’s Got Talent, onde bailarinos se apresentam com essas roupas utilizando técnicas de ilusão de ótica, sincronizadas a uma trilha sonora. Eles aparecerem e desaparecerem no palco, criam efeitos de animação do tipo flipbook, além de efeitos que criam a percepção de estarem flutuando no palco. Um espetáculo de encher os olhos.
Performances Aéreas: Performances inspiradas em uma modalidade da dança contemporânea: a dança vertical. São utilizados guinchos, ou até mesmo riggers de suspensão, com a mesma técnica de segurança usada pelos limpadores de fachadas de prédios. É possível criar diversas coreografias aéreas tanto indoor quanto outdoor para abertura de eventos, só que no lugar do limpador temos exímios bailarinos.
Essa modalidade de performance possui uma infinidade de criações e integração com outros elementos artísticos, como projeção mapeada, performance de palco, entre outros.
Show de Laser e Espelhos: Com bailarinos e figurinos confeccionados com lascas de espelhos, como os conhecidos estrobos, combinados com espelhos posicionados em ângulos estratégicos e lasers programados, criam efeitos visuais incríveis, replicando todos os reflexos de luzes.
Mapping dance ou a famosa dança com projeção mapeada: São conteúdos 3D e 4D, em sua maioria se apropriando de formas geométricas, pensadas e criadas para interação com dançarinos. Esse tipo de espetáculo tem se tornado cada vez mais visto no live marketing brasileiro.
Kinect Dance: Dança com captação de movimentos utilizando tecnologia de reconhecimento de gestos , como kinect. Todos os movimentos são captados e reproduzidos em projeção com efeitos de de luz. Embora a tecnologia já exista, pouquíssimos shows e performances exploram essa possibilidade.
Sensor de reconhecimentos por gestos: Imagine um mestre de cerimônias ou até mesmo um presidente controlando todo seu evento? Não dá pra imaginar isso, né? Então imagine o comando de mão do famoso Jô Soares, onde ele faz um gesto e a banda para de tocar. Isso é fácil, agora imagine tudo isso automatizado!
Com os movimentos da sua mão você dá um blackout total no evento, inicia um vídeo, ativa luzes ou navega por sua apresentação, passando páginas e dando zoom. Essa ferramenta serve para isso e é totalmente automatizada com os softwares utilizados no mercado como, por exemplo, o DMX.
Vamos inovar? Se você gostou dessa coluna deixe um comentário sobre o que você gostaria de ver na próxima. Até lá.
Por Cainã Magalhães.