São Paulo foi palco de um dos maiores festivais de música do país. A primeira edição do The Town aconteceu nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro, no Autódromo de Interlagos, e contou com grandes cantores nacionais e internacionais, como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters, Maroon 5, Ludmilla, Iza, Luisa Sonza, Pitty, além de receber um público estimado de cem mil pessoas por dia.
Além de ter a chance de aproveitar grandes shows, os frequentadores do festival tiveram a oportunidade de vivenciar momentos únicos e diferenciados com as marcas patrocinadoras. Durante a ocasião, foi possível ver ativações de empresas como Heineken, Itaú, IFood, McDonald´s, Sephora, Riachuelo, Colgate, Johnnie Walker, Chilli Beans, TikTok, Spotify, 3 corações e Hellman ´s criadas com o objetivo de engajar e melhorar a experiência do público durante todo o evento.
Como exemplo, podemos destacar o Itaú que contou com a apresentação de DJ´s convidados no rooftop e a distribuição de brindes; o IFood deixou disponível em seu espaço três opções de pizzas tanto para quem estava no evento como no aplicativo para aqueles que não puderam comparecer; a Riachuelo disponibilizou acessórios para que os frequentadores pudessem compor seus looks e um local com cenários fashion para serem usados como espaço fotográfico.
Já o KitKat construiu três ambientes para oferecer doces inspirados nos estilos musicais. Além disso, a marca utilizou da tecnologia para promover uma experiência com realidade aumentada onde o público pôde ser “transportado” para um palco com seu artista favorito e interagir com os produtos da marca.
Mas, você deve se perguntar, o que o festival pode ensinar para o segmento de eventos corporativos? Pois bem, há muitos fatores que podemos destacar nesse sentido. O primeiro deles, e talvez o mais importante, é com relação às experiências 360º que podem ser disponibilizadas a todos os participantes. Isso porque, diante da diversidade dos fornecedores, é possível ter uma gama de ativações e interações a serem feitas dos mais variados tipos.
Vale destacarmos que elas que devem ter algo em comum – todas as ações têm que estar relacionadas com o tema principal da festa ou pode ser até com o produto ou serviço que a corporação comercializa, por exemplo. Isso é uma forma de engajar os colaboradores, com o propósito e missão da companhia e fazer com que eles criem conexões sólidas com a empresa onde trabalham.
Outro fator positivo para o setor de eventos é o impacto deles para a economia local. De acordo com um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o The Town impactou R$ 1,7 bilhão e gerou mais de 19 mil empregos.
Isso comprova ainda mais a tese de que essas ocasiões têm ajudado a dar voz ao trabalho de fornecedores e microempreendedores individuais. Mas, para que isso seja cada vez mais eficaz e traga resultados satisfatórios para todos os envolvidos, o uso da tecnologia se torna indispensável, pois por meio dela é possível conectar os organizadores de eventos com os profissionais capacitados por promovê-los, visto que há mais de 2,5 milhões de MEI´s atuando neste setor, de acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape).
Por fim, concluo que este segmento tem sido muito importante para a cadeia de produção, uma vez que ela ajuda de forma eficaz setores significativos da economia. Ainda há espaço para muitas empresas e micro fornecedores mostrarem o seu potencial e também de soluções tecnológicas que ajudam a tornar os processos de contratação dos mais variados serviços de forma mais fácil, ágil e eficiente. Portanto, é fundamental que os organizadores dos festivais e dos eventos corporativos fiquem atentos às tendências que estão surgindo para ajudar a tornar a experiência desses momentos único e especial, como foi para o público do The Town.
* Camila Florentino, CEO da Celebrar, plataforma que conecta grandes companhias e multinacionais a micro e pequenas empresas fornecedoras de serviços para eventos.