Mídia

Compra de seguidores é investigada nos EUA

A procuradoria geral de Nova York está investigando a Devumi, empresa que, segundo uma reportagem do New York Times, deste fim de semana, estaria vendendo falsos seguidores nas redes sociais.

Demorou, mas finalmente algumas providências legais estão sendo tomadas para que as redes sociais tenham o devido respeito que merecem. Já não é de hoje que elas estão sendo utilizadas por diversas pessoas que têm um único objetivo: fazer com que percam a credibilidade.

A procuradoria geral de Nova York está investigando a Devumi, empresa que, segundo uma reportagem do New York Times, deste fim de semana, estaria vendendo falsos seguidores nas redes sociais. A matéria publicada  mostra que Eric Schneiderman, procurador-geral, tem como objetivo investigar essa e várias outras companhias que pertencem ao chamado “mercado negro das redes sociais”.

Em novembro do ano passado, Schneiderman já havia revelado que seu escritório estava investigando comentários deixados por falsas contas em milhares de páginas.  No Twitter, Schneiderman disse que “A utilização de chatbots para inflar contas” é ilegal sob a lei de Nova York”.

A Devumi se vende como uma empresa que “aumenta sua presença na mídia social”. Em sua investigação, o jornal diz que empresas como a Devumi forneceram aos clientes “mais de 200 milhões de seguidores do Twitter”, pelo menos 55.000 dos quais “usam nomes, fotos de perfil, cidades e outros detalhes de usuários reais”.

German Calas, fundador da Devumi, negou que a empresa venda seguidores falsos e disse não ter conhecimento sobre roubo de identidade. “São acusações falsas, não temos conhecimento de nenhuma atividade desse tipo.”, disse.

O relatório também examina os clientes da empresa: atletas, atores, políticos e influenciadores que procuram aumentar sua pegada de mídia social com bots automatizados.

Entre as personalidades que já contrataram os serviços da Devumi estão o ator John Leguizano, o empresário Michael Dell e o jogador de futebol Ray Lewis. A reportagem apontou até mesmo Martha Lane Fox, membro do conselho do Twitter, com algumas contas vinculadas.

Ouvido pelo NYT, o Twitter afirmou que “Continua a lutar para impedir qualquer tipo de automação na plataforma, bem como o uso de contas falsas.”