Trinta e oito filmes participam da nona edição do evento realizado no Centro Cultural Banco do Brasil com entrada franca, debates e oficinas.
A mulher negra cadeirante se apresenta no Theatro Municipal de São Paulo pela primeira vez. O homem surdo toca violão. Uma mulher com deficiência severa se muda do hospital psiquiátrico para uma residência coletiva. Uma atarefada família de sete pessoas decide parar tudo por um ano quando um de seus membros é diagnosticado com autismo.
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Essas e outras histórias integram as produções da nona edição do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência que chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, entre os dias 27 de novembro e 9 de dezembro, depois de passar pelo Rio de Janeiro e por Brasília.
Serão 38 filmes entre curtas, médias e longas-metragens de 20 países, quatro debates com tema como “Inclusão pela arte”, “Família e estímulo”, “Autismo” e “Moradia assistida”, duas oficinas e um projeto convidado. A realização é do Centro Cultural do Banco do Brasil, patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério da Cidadania, com produção da Cinema Falado Produções.
"O festival traz filmes com temas relativos às pessoas com deficiência, mas seus assuntos são importantes para toda a sociedade. Ao apresentar produções de 20 países, traça um panorama mundial com uma riqueza muito grande de informações. Temos como comparar e discutir como as questões são tratadas em diferentes países. Apresentamos produções de sociedades bem diferentes e de diferentes culturas. Ao fazer uma análise de todos esses anos, percebemos que a produção audiovisual cresceu não só em termos de quantidade como também em qualidade. Cada vez mais, recebemos filmes de qualidade e que participam de festivais não temáticos. Os temas evoluíram à medida que as necessidades dos deficientes foram mudando. Antigamente as questões básicas eram a inclusão na escola e a mobilidade urbana. Hoje temos filmes sobre relação amorosa, sexualidade e moradia assistida.", comenta Graciela Pozzobon, diretora dessa edição.
A seleção de 2019 conta com obras da Alemanha, Bélgica, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Canadá, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Índia, Irã, Israel, Itália, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, Rússia e Suécia, todas oriundas de 1064 inscrições de diversos países do mundo.
Os países com maior número de produções – cinco cada – são Brasil, Itália e Nova Zelândia. Estados Unidos e Reino Unido serão representados com três filmes cada e, da Índia e da Rússia virão dois. Os outros participam com uma obra cada entre os curtas, médias e longas-metragens.
Os temas são variados – amor, esporte, arte, entre outros – reunindo histórias e experiências de e sobre a pessoa com deficiência. A curadoria é de Lara Pozzobon e Gustavo Acioli.
O "Assim Vivemos" é o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos filmes e interpretação em Libras nos debates). As sedes dos CCBBs são acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Serão oferecidos cinco prêmios do júri e um do público, destinado ao filme escolhido nas três cidades. Os membros do júri são pessoas com deficiência, artistas e profissionais ligados ao tema, e, em cada edição, o júri cria novas categorias de prêmios, a fim de destacar as qualidades específicas dos filmes premiados.
O troféu foi criado pela artista cega Virginia Vendramini. A direção geral do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência é de Graciela Pozzobon.
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