Entrevista

"As marcas fazem parte de toda a história do que o Rock in Rio oferece como plataforma de entretenimento", diz Ana Deccache ao Promoview

Em entrevista exclusiva ao Promoview, a Diretora de Marketing do Rock in Rio destacou a presença de mais de 80 marcas no festival e contou sobre as ativações, inovações tecnológicas e novos espaços desta edição

Ana Deccache fala sobre ativações de marca do Rock in Rio 2024 em entrevista exclusiva ao Promoview

Faltando poucas semanas para o Rock in Rio 2024, o Promoview visitou a Cidade do Rock ainda em fase de montagem e conversou com Ana Deccache, Diretora de Marketing do festival. Esta semana, o portal lançou a cobertura especial da edição de 40 anos de um dos maiores festivais de música do mundo.

Em entrevista exclusiva ao Promoview, a executiva destacou a presença de mais de 80 marcas no festival deste ano, e contou sobre as ativações, inovações tecnológicas e novos espaços do Rock in Rio. Confira:

Por que marcas como Coca-Cola e Heineken investem em mais de uma ativação no festival?

Ana Deccache: Ao ter mais de uma ativação, as marcas cobrem o festival de uma maneira muito mais completa. Cobrem gramado, áreas especiais, momento de lazer, seja através de um brinquedo ou uma ativação no gramado. Porque cada ativação ou experiência ela tem um papel. Então você pode ter um momento importante para visibilidade de marca, outro para relacionamento ao levar um influenciador ou teu público fã, por exemplo.

Por outro lado, o legal do festival é que você tá ali perto de todo o público. A Natura, por exemplo, na última edição levou protetor solar para as pessoas, tem também ativações que dão brindes que acho que gera uma “memorabília” inesquecível da relação das pessoas com o festival. Há também ativação que gera entretenimento e a marca cria ali mais um momento de de diversão dentro do festival. Então eu acho que esses são os motivos pelos quais as marcas estão ocupando mais espaços.

O que terá de novo nas ativações desta edição do Rock in Rio?

Ana Deccache: Uma das inovações que nós, como festival, apostamos muito é no nosso próprio app. Então o nosso aplicativo já traz uma série de inovações tecnológicas que facilitam muito a experiência do fã dentro do festival. E muitas marcas embarcam no aplicativo com a gente para ofertar serviços e condições especiais, por exemplo.

Outra coisa que eu tenho visto muito também dentro de inovação é o uso do realidade aumentada (RA). Um exemplo de inovação que o festival trouxe junto com uma marca esse ano é o Rock in History, que a gente criou dentro da cidade do Rio de Janeiro. A pessoa está passeando pela cidade, vê o QR Code do Rock in History, aponta o celular e conhece a história do festival. Ela pode passar debaixo do Pórtico de 1985, por exemplo, brincar de tocar uma guitarra ou ver o tênis cheio de lama de 85 sujar a tela do seu celular todo.

Então eu acho que é uma outra forma de inovação que vai estar em função de melhorar a experiência do fã. A gente acredita que a vida é ao vivo e a tecnologia tem que servir para acelerar esses encontros ao vivo.

Esta edição contará com novos espaços como Global Village e a Feira Babilônia. Como as marcas estarão contextualizadas neles?

Ana Deccache: Antes de mais nada, as marcas fazem parte de toda a história da experiência e do que o Rock in Rio oferece como plataforma de entretenimento. Em qualquer lugar da Cidade do Rock, as marcas fazem parte, seja nos estandes das ativações, nos brindes… Está no nosso DNA.

E surgem dois novos espaços que também têm uma presença grande de marcas. O Global é uma das áreas mais é inovadoras e inusitadas dessa edição. Ali no Global Village o mundo inteiro vai se encontrar através da arquitetura e da Gastronomia. Então temos ali tanto marcas como a Chilli Beans, por exemplo que tem um espaço e que vai mostrar o produto dela ali.

Temos também dentro dessa área três áreas dedicadas a gastronomia muito exclusivas, porque o acesso será feito via agendamento. Isso garante que você vai sentar e vai viver aquela experiência gastronômica da melhor maneira possível?

Por outro lado, o ambiente da experiência Babilônia Feira Hype, tem tudo a ver com o Rio de Janeiro e com Rock in Rio. Então ela vai trazer essa pegada de marcas que estão começando do empreendedorismo carioca e essa sinergia entre a cidade do Rio e o carioca.

Poderia nos falar sobre a dimensão do festival? Quantas pessoas estão envolvidas nas equipes de produção e como é organizada a montagem?

Ana Decacche: O Rock in Rio envolve uma operação gigantesca. Atualmente, a Rock World, empresa organizadora do festival, conta com cerca de 280 colaboradores fixos. Na época do festival, esse número sobe para 28 mil pessoas credenciadas trabalhando no evento. A complexidade de gerenciar essa quantidade de temas, processos e departamentos é enorme, por isso, criamos uma Diretoria de Gestão de Projetos.

Esse time monitora todas as entregas, garantindo que cada etapa do cronograma seja cumprida com precisão. Por exemplo, para termos o Palco Mundo montado a tempo, precisamos de uma cadeia de entregas que começa 65 dias antes da abertura do festival.

É uma engrenagem muito bem afinada, que assegura que tudo esteja perfeito quando as pessoas entrarem na Cidade do Rock. Nosso objetivo é garantir que, ao abrir os portões, tudo funcione de forma mágica e fluida, proporcionando uma experiência inesquecível para o público.