Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelam que os catadores e catadoras são responsáveis por quase 90% do lixo reciclado no Brasil. Porém, apesar de protagonizarem a etapa mais importante e exaustiva da cadeia da reciclagem, são quem menos recebe por isso.
Diante desse cenário, o Cataki e a Green Mining, que também tem projetos de reciclagem inclusiva, se uniram para democratizar o acesso ao valor real de resíduos para qualquer pessoa, principalmente aqueles que dependem da venda dos recicláveis para o seu sustento, como os catadores e carroceiros.
A parceria possibilita que catadores e catadoras cadastrados no aplicativo do Cataki localizem a Estação Preço de Fábrica mais próxima para realizar a venda dos resíduos pelos mesmos valores pagos nas usinas de reciclagem.
O processo
Para Patricia Rosa, coordenadora do Cataki, “Agora, para além dos nossos canais de comunicação, as catadoras e catadores podem encontrar no mapa do aplicativo Cataki os pontos da Estação Preço de Fábrica com todas as informações necessárias e possibilidade de venda de material por um preço melhor do que estão acostumados. Estamos unindo atores que têm como objetivo promover uma remuneração mais justa e aumento de renda aos catadores“, explica.
Após o recebimento, a Green Mining otimiza todo o processo de transporte, garantindo a destinação correta dos materiais, em uma parceria que une todos os elos, como por exemplo o gerador, o catador e a usina de reciclagem. Os materiais são entregues na Estação Preço de Fábrica e encaminhamos diretamente para usinas.
Lançado em 2017 para conectar os atores sociais do ecossistema da reciclagem (geradores, catadoras e catadores informais, ferros-velhos, cooperativas), o Cataki promove a economia circular e a logística reversa com protagonismo e remuneração justa.