Segundo dados de 2022 do Programa Mundial de Alimentos (WFP) da ONU, o Brasil desperdiça aproximadamente 41 milhões de toneladas de alimentos em perfeitas condições – mesmo com 33 milhões de brasileiros passando fome.
Focada em lutar contra esse cenário há dois anos, a Food To Save, foodtech sustentável que nasceu para revolucionar o desperdício de alimentos no Brasil, chega a marca de 1000 toneladas salvas na Capital Paulista, Grande ABC, Americana (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).
Para 2023, a startup espera o faturamento de R$16 milhões e expansão para outras capitais brasileiras. “Para esse ano, prevemos a consolidação nas capitais em que já atuamos e planejamos ampliar o negócio para outros estados, como Minas Gerais. O ano de 2022 foi muito positivo para nós, pois apresentamos um crescimento exponencial mês a mês. Esperamos que cada vez mais usuários e parceiros se envolvam nessa causa conosco, para ultrapassarmos as barreiras culturais e atingir o nosso objetivo de reeducar a sociedade sobre o tema”, conta o cofundador e CEO da Food To Save, Lucas Infante.
Seguindo um modelo de negócio simples, a empresa engajou mais de 200 mil brasileiros na causa e chegou no top 10 de apps de delivery mais usados no país em 2022. “Comercializamos o excedente de produção dos estabelecimentos parceiros, com descontos de até 70%. Esses excedentes, que são colocados em nossas sacolas, são alimentos produzidos e não vendidos e que demandam consumo imediato e itens com pequenas imperfeições, todos aptos para consumo. Além de tudo, ainda ajudamos aumentar a rentabilidade do estabelecimento, que está lucrando com um produto que seria descartado. Até o momento a Food To Save já gerou R$10 milhões de receita incremental, é um modelo ganha-ganha, mas também de impacto social e ambiental”, explica Infante.
A empresa tem expandido a atuação para grandes setores como indústrias, distribuidoras e recentemente até hotelarias, fechando parceria com empresas como Hotel Pullman SP Airport, Intercity Ibirapuera e Hotel Ibis Style Faria Lima.
“O movimento da Food To Save para a indústria de hotéis era quase inevitável. É um setor que produz muita comida todos os dias, e que consequentemente acaba desperdiçando uma parte dessa produção. Estamos felizes de conseguir importantes parceiros nesta etapa”, aponta o CEO.
Além de conquistar mais de 2000 estabelecimentos engajados na luta contra o desperdício de alimentos – entre eles Rei do Mate, Havanna, Dídio Pizza e Natural da Terra – a startup recentemente começou a testar um modelo de “centro de distribuição anti-desperdício”.
A Food To Save compra produtos excedentes de empresas como Nestlé, Shopper e Americanas, e repassa-os com descontos de até 70% no app. Na fase teste, o serviço conectado às indústrias e distribuidoras está disponível para usuários de São Paulo, num raio de 10km da região da Barra Funda.
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